Fraqueza muscular adquirida na UTI: A importância do tratamento fisioterapêutico em pacientes críticos - revisão integrativa de literatura
DOI:
https://doi.org/10.20952/jrks2111992Resumen
A fraqueza muscular adquirida (FMA) é descrita por fraqueza muscular extrema, comumente apresenta-se bilateral e simétrica e sem distúrbio neuromuscular prévio. Essa condição é perceptível em pacientes que permanecem nos leitos hospitalares por longos períodos de imobilismo, resultando em declínios funcionais. Objetivo: Compreender os fatores que geram o quadro de fraqueza muscular adquirida na unidade de terapia intensiva, bem como, verificar a aplicabilidade dos recursos terapêuticos na prevenção e recuperação da capacidade funcional dos indivíduos internados em unidade de terapia intensiva. Métodos: O trabalho consiste em uma revisão integrativa de literatura, realizada entre os meses de agosto e novembro de 2020, realizou-se uma vasta pesquisa nas principais bases de dados em saúde, almejando a temática aqui a argumentar. As bases de dados utilizadas foram: PUBMED, Physiotherapy Evidence Database (PEDro) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Sendo considerados os idiomas português e inglês, com limitadores de publicação no período entre 2015 e 2020, em todos os períodicos. Resultados: Foram observados os seguintes efeitos da fisioterapia: melhora da força muscular, do condicionamento cardiorrespiratório e habilidades para deambular; a eletroestimulação neuromuscular apresentou efeitos sistêmicos. Além disso, nota-se que a vibração do corpo inteiro tem caráter preventivo. Diversos autores concordam com esses achados. Conclusão: Houve concordância, entre os autores, no que se refere aos efeitos positivos da mobilização precoce, da eletroestimulação neuromuscular, fisioterapia motora e respiratória.Descargas
Citas
AVELINO, C. et al. A multimodal rehabilitation program for patients with ICU acquired weakness improves ventilator weaning and discharge home. Journal of Critical Care. 2018.
BISSETT, Bernie et al. Inspiratory muscle training for intensive care patients: A multidisciplinary practical guide for clinicians. Australian Critical Care 32 (2019) 249e255.
CALANCA, Luca et al. Multimodal Supervised Exercise Significantly Improves Walking Performances Without Changing Hemodynamic Parameters in Patients With Symptomatic Lower Extremity Peripheral Artery Disease. Vascular and Endovascular Surgery 1-7. 2020.
EGGMANN, Sabrina et al. Effects of early, combined endurance and resistance training in mechanically ventilated, critically ill patients: A randomised controlled trial. PLOS ONE. November 14, 2018.
EPAMINONDAS, Lorena Cristine Soares; DIAS, Williane Sarmento; SANTOS, Renato Caldas dos. Os efeitos do treinamento muscular inspiratório em pacientes sob ventilação mecânica invasiva no processo de desmame: revisão de literature. Revista Saúde e Desenvolvimento Humano, 2020, Junho, 8(2): 151-158.
FELICIANO, Valéria de Araújo et al. A influência da mobilização precoce no tempo de internamento na Unidade de Terapia Intensiva. ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Ago;3(2):31-42.
FRANÇA, Eduardo Ériko Tenório de et al. Fisioterapia em pacientes críticos adultos: recomendações do departamento de Fisioterapia da Associação de Medicina Intensiva Brasileira. Rev Bras Ter Intensiva. 2012; 24 (1):6-22.
GODOY, Marcos David Parada et al. Fraqueza muscular adquirida na UTI (ICU-AW): efeitos sistêmicos da eletroestimulação neuromuscular. Revista Brasileira de Neurologia » Volume 51 » Nº 4 » out - nov - dez 2015.
GRUNOW, Julius J. et al. Differential contractile response of critically ill patients to neuromuscular electrical stimulation. Critical Care (2019) 23:308.
HIGGINS, Sean D. et al. Early mobilization of trauma patients admitted to intensive care units: A systematic review and meta-analyses. Int. J. Care Injured, 2019.
LARA, Clarissa Rios. O uso do cicloergômetro no paciente crítico. 2015.
MACHADO, Aline dos Santos; NETO, Ruy Camargo Pires; CARVALHO, Maurício Tatsch Ximenes et al. Efeito do exercício passivo em cicloergômetro na força muscular, tempo de ventilação mecânica e internação hospitalar em pacientes críticos: ensaio clínico randomizado. Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, 2017.
MESQUITA, Thamara Márcia de J.C; GARDENGHI, Giuliano. Imobilismo e fraqueza muscular adquirida na Unidade de Terapia Intensiva. Revista Brasileira de Saúde Funcional. 1. n.3. dez, 2016.
MIRANDA, F.E.M.H.; DIAS, B.C.A.; MACEDO, L.B.; DIAS, C.M.C.C. Eletroestimulação em doentes críticos: uma revisão sistemática. Rev Pesq Fisioter, 2013. 3(1):79-91.
OLIVEIRA, Mariana Paulino et al. Efeito Agudo da Aplicação de Vibração de Corpo Inteiro na Força Muscular de Membros Superiores. J. Phys. Educ. v. 30, e3022, 2019.
ROQUE, Suelen Medeiros. Utilização do escore Medical Research Council (MRC) e da dinamometria de preensão palmar no diagnóstico de Fraqueza Muscular Adquirida em Unidade de Terapia Intensiva (UTI): Revisão Bibliográfica. Manaus, 2017.
SILVA, Elisângela et al. Treinamento concorrente: Endurance x Força. R. bras. Ci. e Mov 2018;26(4):181-190.
VELDEMA, Jitka et al. Cycle ergometer training vs resistance training in ICU‐acquired Weakness. Acta Neurol Scand. 2019; 140:62–71.
WOLLERSHEIM, Tobias et al. Whole-body vibration to prevent intensive care unit-acquired weakness: safety, feasibility, and metabolic response. Critical Care (2017) 21:9
WOLLERSHEIM, Tobias et al. Muscle wasting and function after muscle activation and early protocol-based physiotherapy: an explorative trial. Journal of Cachexia, Sarcopenia and Muscle (2019).