A memória na psicologia de Ribot: a necessidade de mudança e renovação
Abstract
O filósofo e psicólogo francês Théodule Ribot, na segunda metade do século XIX, rejeitava a psicologia metafísica (o “estudo da alma”) e propunha uma nova psicologia: científica, fisiológica, experimental e evolucionista. A verdadeira causalidade dos fenômenos psíquicos seria fisiológica. Este artigo, tendo como pano de fundo os processos mnemônicos, pretende mostrar a importância, para Ribot, da mudança e da renovação nas funções psicológicas. A memória é fundamentalmente biológica, múltipla e inconsciente, e está estreitamente ligada à hereditariedade. Se não forem contrabalançadas pelo esquecimento, as memórias se associam firmemente às estruturas nervosas, se consolidam e, em casos em que o indivíduo esteja submetido sempre aos mesmos estímulos, a consciência desaparece e o automatismo completo se instala. Para o ser humano não se tornar uma máquina, são necessárias mudança e renovação em suas atividades.
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