A crítica de John R. Searle à noção de inconsciente e percepção inconsciente
Résumé
O presente texto tem por objetivo apresentar as críticas de Searle à noção de inconsciente e percepção inconsciente. Para esse propósito, é preciso introduzir alguns conceitos referentes à sua teoria da percepção, uma vez que suas críticas têm como pressuposto uma defesa da consciência e da intencionalidade perceptual. De acordo com Searle, dada a dificuldade que é prover uma descrição adequada da consciência enquanto objeto de investigação empírica, filósofos e cientistas se sentem mais inclinados a investigar processos cognitivos subjacentes ao nível da consciência, isto é, processos que não dependem da consciência para serem observados. Esses processos foram chamados de processos inconscientes e o objetivo de Searle é mostrar o quão problemático pode ser a noção de inconsciente. O que comumente é conhecido como processos inconscientes nas ciências cognitivas são, na verdade, processos neurobiológicos interpretados como sendo intencionais e, portanto, tomados, muitas vezes, como estados mentais. Na visão de Searle, um estado mental inconsciente é aquele que, em princípio, pode tornar-se consciente (princípio de conexão). Na percepção inconsciente, o princípio de conexão também deve estar presente se queremos oferecer uma explicação coerente dos processos perceptuais inconscientes. Portanto, toda a discussão de Searle em torno do inconsciente e, consequentemente, da percepção inconsciente é exclusivamente dependente de seu modelo explicativo de uma teoria intencional da consciência e da percepção.
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