Sociedade automática: o Leviatã eletrônico e as possibilidades de conhecimento na Era Digital
Resumo
A partir de uma contextualização histórico-filosófica acerca das relações entre as tecnologias informacionais e a sociedade, o presente artigo explora alguns aspectos da obra La société automatique (2015) de Bernard Stiegler. Para os propósitos do texto a seguir, estão em evidências as noções de retenção e protensão, que dizem respeito à formação da consciência do tempo nos indivíduos; e, também, a noção de disparação, que por sua vez diz respeito à formação da consciência espacial. Explorando a noção de sociedade automática, apresentada pelo autor francês, busca-se compreender como o atual sistema produz uma performatividade automática nos indivíduos através de um incitamento de protensões que opera de maneira remota, levando a curto-circuitos na produção coletiva de transindividuação. Como primeiro passo de uma investigação que se pretende mais ampla, promove uma aproximação entre o modo pelo qual essas noções são apresentadas por Stiegler e suas conexões de origem em Husserl e Simondon. Procura-se distinguir a função de tais conceitos na interpretação que Stiegler cumpre do Leviatã contemporâneo, enquanto ser eletrônico e digital.
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