Governança transnacional para a regulação de alimentos orgânicos: o caso da IFOAM

Autores

  • Clara Ribeiro Camargo UFAL

DOI:

https://doi.org/10.28998/lte.2011.n.2.1009

Palavras-chave:

agricultura orgânica, certificação, governança internacional

Resumo

Alimento orgânico é aquele alimento que respeita o meio-ambiente, garantindo a viabilidade econômica dos produtores, o respeito aos direitos trabalhistas, o não uso de agrotóxicos e a saúde dos consumidores, ou seja, possui características que não podem ser verificadas por meio dos sentidos. Assim, foi necessário criar mecanismos de avaliação da conformidade a fim de reduzir as assimetrias de informação entre produtores e consumidores. Em nível internacional, a primeira organização a criar princípios aplicáveis a toda sociedade foi a IFOAM – Federação Internacional dos Movimentos da Agricultura Orgânica. A pergunta que guia este artigo é: como a IFOAM garante o compliance de seus membros, ou seja, o cumprimento das normas, se a rede global de produção e consumo de orgânicos possui tantas assimetrias entre os atores do Norte e do Sul? A hipótese deste trabalho é a de que como os maiores mercados de produtos orgânicos são os países desenvolvidos e estes exigem a certificação por auditoria de terceira parte com base na IFOAM, os princípios desta organização tornaram-se referência para o comércio internacional de orgânicos, em especial para a importação europeia, funcionando como uma espécie de barreira comercial aos mercados europeus, o que torna garantido o compliance das organizações de produtores e certificadoras em nível internacional.

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Publicado

2018-05-16

Como Citar

CAMARGO, Clara Ribeiro. Governança transnacional para a regulação de alimentos orgânicos: o caso da IFOAM. Latitude, Maceió-AL, Brasil, v. 5, n. 2, 2018. DOI: 10.28998/lte.2011.n.2.1009. Disponível em: https://seer.ufal.br/index.php/latitude/article/view/1009. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Ensino de Sociologia e Currículo