A construção de usinas hidrelétricas e as disputas assimétricas para usos diversos dos espaços ambientais
DOI:
https://doi.org/10.28998/lte.2015.n.1.1806Palavras-chave:
Hidrelétrica, Assimetria, Desenvolvimento Sustentável, Irapé, Injustiça AmbientalResumo
A partir dos anos de 1970, o pressuposto do paradigma do desenvolvimento sustentável fundamentado na crença de compatibilidade entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental passou a ser incorporado por diversos segmentos sociais. Guiado pelo “efeito de naturalização” desta crença, o conceito de desenvolvimento sustentável surge como uma nova ideologia/utopia à continuidade das premissas desenvolvimentistas do modelo capitalista de produção. Contudo, esta ideia “compatibilizadora” apresenta inúmeras contradições, dentre as quais destacamos a apropriação assimétrica da natureza e os processos de injustiça ambiental através da construção de hidrelétricas. Baseado no estudo de caso da construção da usina hidrelétrica de Irapé, no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, este trabalho almeja demonstrar que a disputa por “espaços ambientais”, surge como reflexo do conflito entre várias vertentes pela apropriação da natureza e repercute na ocupação desigual destes “espaços”, gerando externalidades sociais e injustiças ambientais. Ancorado na lógica plural de apropriação da natureza, podemos refletir sobre este debate através do conceito de “campo ambiental”, entendido como uma “arena de confronto” na qual diferentes ideias, valores e representações sobre o ambiente se opõem e disputam reconhecimento e legitimidade.Downloads
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Publicado
2018-05-15
Como Citar
ZUCARELLI, Marcos Cristiano. A construção de usinas hidrelétricas e as disputas assimétricas para usos diversos dos espaços ambientais. Latitude, Maceió-AL, Brasil, v. 9, n. 1, 2018. DOI: 10.28998/lte.2015.n.1.1806. Disponível em: https://seer.ufal.br/index.php/latitude/article/view/1806. Acesso em: 9 nov. 2024.
Edição
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Artigos
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