Juventude e engajamento político despartidarizado: estudo sobre os egressos do Parlamento Jovem Brasileiro (2004-2013)

Autori

  • Antonio Teixeira de Barros Programa de Mestrado em Ciência Politica do Centro de Formação da Câmara dos Deputados - CEFOR
  • Lúcio Meireles Martins Programa de Mestrado em Ciência Politica do Centro de Formação da Câmara dos Deputados - CEFOR

DOI:

https://doi.org/10.28998/lte.2017.n.1.2244

Parole chiave:

Juventude e política. Engajamento político juvenil. Juventude e participação política. Parlamento Jovem Brasileiro. Câmara dos Deputados.

Abstract

Análise sobre as formas de envolvimento político não partidarizado dos jovens que participaram do Parlamento Jovem Brasileiro (PJB) no período de 2004 a 2013. A pesquisa foi realizada por meio de questionário online, com questões fechadas e abertas. Do total de 763 egressos, 173 responderam (23%). As conclusões mostram uma preferência dos jovens pelas formas de engajamento e participação que dispensam a mediação dos partidos e das demais instituições políticas. As relações preferidas pelos jovens são as que se dão de modo direto e imediato, o que justifica o interesse pelas questões e temáticas que estão ao seu redor. Essa tendência reitera o declínio das ideias de delegação e representação que sustentam os modelos políticos institucionais. Tal postura encontra respaldo teórico nos estudos que ressaltam a tendência de despartidarização do engajamento juvenil.

Downloads

I dati di download non sono ancora disponibili.

Biografie autore

Antonio Teixeira de Barros, Programa de Mestrado em Ciência Politica do Centro de Formação da Câmara dos Deputados - CEFOR

Doutor em Sociologia. Docente e pesquisador do Programa de Mestrado em Ciência Politica do Centro de Formação da Câmara dos Deputados - CEFOR

Lúcio Meireles Martins, Programa de Mestrado em Ciência Politica do Centro de Formação da Câmara dos Deputados - CEFOR

Pesquisador do Programa de Mestrado em Ciência Politica do Centro de Formação da Câmara dos Deputados - CEFOR

Riferimenti bibliografici

REFERÊNCIAS

ABRAMOVAY, Miriam e CASTRO, Mary Garcia (coord.). Juventude, juventudes: o que une e o que separa. Brasília: Unesco, 2006.

AUGUSTO, Nuno Miguel. A juventude e a (s) política (s): Desinstitucionalização e individualização. Revista Crítica de Ciências Sociais, n. 81, p. 155-177, 2008.

ALMOND, G.; VERBA, S. The civic culture: political atitudes and democracy in five nations. New York: Sage, 1989.

ALMOND, Gabriel A. et al. Political culture and political socialization. Comparative politics today: a world view, v. 9, p. 43-59, 2008.

AUGUSTO, Maria Helena Oliva. Retomada de um legado intelectual. Tempo Social, revista de sociologia da USP, v. 17, n. 2, p. 1-2, 2005.

BAQUERO, Marcello; BAQUERO, Rute. Novos padrões de participação política dos jovens na democracia brasileira?Em Debate. Belo Horizonte, v4, n.8, Novembro de 2012., p. 19-25.

BAUMAN, Z. Em busca da política. Rio de Janeiro: Zahar, 2000.

______. A sociedade individualizada. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.

BECK, U. A reinvenção da política: rumo a uma teoria da modernização reflexiva. In: GIDDENS, A.; LASH, S.; BECK, U.; Modernização reflexiva. São Paulo: EdUnesp, 1994, p. 11-87.

BENEVIDES, Sílvio César Oliveira. Na contramão do poder: juventude e movimento estudantil. Annablume, 2006.

BOLTANSKI, L. El amor y la justicia como competências: Buenos Aires: Amorrotu, 2000.

BOURDIEU, Pierre. Espíritos de Estado: gênese e estrutura do campo burocrático. ____. Razões práticas: sobre a teoria da ação. Campinas, São Paulo: Ed. Papirus, 2011.

BAPTISTA, Érica Anita et al. Jovens eleitores e novas tecnologias: percepções da política e participação. Revista do Legislativo. Belo Horizonte, v.5, n.1, jan., 2013, p.124-132.

CARRANO, Paulo. A participação social e política de jovens no Brasil: considerações sobre estudos recentes. O Social em Questão, v. 27, p. 83-99, 2012.

CARNEIRO, Thiago Lopes. Engaging Politics: Political Participation in Brazil and Sweden, predicted by Stereotypes about Parliamentarians,Political Education and Behavioral Contagion. Doctoral Dissertation presented to the Faculty of the Department of Social and Work Psychology. Universidade de Brasília, 2014.

CASTRO, Rodrigo de. A crítica e a Dádiva na Construção do Vínculo Social.Jornal do MAUSS, 2009.

CASTRO, Lucia Rabello de. Juventude e socialização política: atualizando o debate. Psicologia: Teoria e Pesquisa, vol.25, n.4, 2009, p. 479-487.

CASTRO, Lucia Rabello de. Participação política e juventude: do mal-estar à responsabilização frente ao destino comum. Revista Sociologia Política. Curitiba, v. 16, n.30, pp. 253-268. 2008.

DIMINUI O NÚMERO DE FILIADOS A PARTIDOS POLÍTICOS. Jornal do Senado. Brasília, 30 de setembro de 2014. Disponível em: http://www12.senado.gov.br/jornal/edicoes/2014/09/30/diminui-o-numero-de-filiados-a-partidos Acesso em: 27/11/2014.

DUBET, François. A formação dos indivíduos: a desinstitucionalização.Contemporaneidade e Educação, v. 3, n. 3, 1998.

ELIAS, Norbert. A sociedade de indivíduos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1987.

FRANCH, Mónica. Como será o Amanhã. Juventude, exclusão social e construção simbólica do futuro no Grande Recife. Anais do XI Congresso Luso Afro Brasileiro de Ciências Sociais. Salvador, agosto de 2011.

FARIA, C. F. S. de. O Parlamento aberto na era da internet: pode o povo colaborar com o Legislativo na elaboração das leis? Brasília: Edições Câmara, 2012.

FERNANDES, Silvia Regina Alves. Juventude nas igrejas e fora delas: crenças, percepções da política e (des) vinculações. Revista Tomo, n. 14, p. 99-126, 2009.

FREIRE, Sara Andreia Moreira. Associativismo juvenil e diferentes formas de participação política: um estudo de caso. Dissertação (Mestrado em Sociologia). Universidade da Beira Interior. Covilhã, 2009. 249f.

GIDDENS, Anthony. As consequências da modernidade. 1ª ed. São Paulo: Editora UNESP, 1991.

______. A transformação da intimidade. 2ª ed. São Paulo: Editora UNESP, 1993.

______. Modernidade e identidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.

GOHN, Maria da Glória. Os jovens e as praças dos indignados: territórios de cidadania. Revista Brasileira de Sociologia, v.1, n.2, p.205-221, jul/dez 2013.

GROPPO, Luís Antonio. Dialética das juventudes modernas e contemporâneas. Revista de Educação do Cogeime, v. 13, n. 25, 2004.

HARVEY, D. Condição pós-moderna. São Paulo: Loyola, 1992.

IBOPE. Após queda acentuada em 2013, Índice de Confiança Social se estabiliza. Matéria jornalística (sem citação de autor). 1 de setembro de 2014. Disponível em: http://www.ibope.com.br/pt-br/noticias/Paginas/Ap%C3%B3s-queda-acentuada-em-2013,Indice-de-Confianca-Social-se-estabiliza.aspx Acessado em: 28/02/2015.

INGLEHART, R. ; WELZEL, C. Modernização, mudança cultural e democracia: a sequência do desenvolvimento humano. São Paulo: Francis, 2009.

ION, J., & RAVON, B. (1998). Causes publiques, affranchissement des appartenances et engagement personnel. Lien Social et Politiques, 39, 59-71.

LATOUR, B. Reagregando o social. Bauru: Edusc, 2012.

LECCARDI, Carmen. Por um novo significado do futuro. Tempo Social, n. 2, p. 35-57, 2006.

LEON, Adriana Duarte. Ponderações sobre as dimensões do indivíduo idealizado pela igreja católica na década de 30 do século XX. Revista Querubim. Niterói, v.8, n.18, 2012 – Ano 08 nº18, p. 4-12, outubro,2012.

MAYORGA, C., CASTRO, L. R., & PRADO, M. A. M. Juventude e a experiência da política no contemporâneo. Rio de Janeiro: Contra Capa Editora, 2012.

MALFITANO, Ana Paula Serrata. Juventudes e contemporaneidade: entre a autonomia e a tutela. Etnográfica, Lisboa, vol.15, n.3, 2011, pp. 523-542.

MISCHE, Ann. De estudantes a cidadãos: redes de jovens e participação política. Revista Brasileira de Educação, v. 5, n. 6, p. 134-150, 1997.

MOISÉS, J. A. Cidadania, confiança e instituições democráticas. Lua Nova, n. 65, p. 71- 94, 2005.

MORENO, Rosangela Carrilo; ALMEIDA, Ana Maria F. O engajamento político dos jovens no movimento hip-hop. Revista Brasileira de Educação, v. 14, n. 40, p. 130-142, 2009.

MOUFFE, C. On the political. Londres: Routledge, 2005.

NAZZARI, Rosana Katia. Capital social e socialização política dos jovens no Brasil. Educação Unisinos, v. 9, n. 2, p. 145-154, 2005.

NILSEN, Ann. Jovens para sempre? Uma perspectiva da individualização centrada nos trajectos de vida. Sociologia, Problemas e Práticas, v. 27, p. 59-78, 1998.

NOBRE, Marcos. Choque de democracia: razões de revolta. Rio de Janeiro: Companhia das Letras. 2013.

NORRIS, P. A virtuous circle: Political communications in postindustrial societies. New York: Cambridge University Press, 2000.

NORRIS, P. Young People & Political Activism: From the Politics of Loyalties to the Politics of Choice? Report for the Council of Europe Symposium, 2003. Disponível em: http://www.pipanorris.com Acessado em: 30/05/2014.

NOVAES, Regina. Juventude, percepções e comportamentos: a religião faz diferença. Retratos da juventude brasileira: análises de uma pesquisa nacional. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, p. 263-290, 2005.

OPPO, A. Socialização política. In: BOBBIO, N.; MATTEUCCI, N.; PASQUINO, G. (Orgs.) Dicionário de política. Brasília: Editora da UnB, 2000, p. 1202-1206.

PASSY, Florence. L’action Altruiste: Coontraintes et opportunités de l’engagement dans les mouvements sociaux. Genève: Librairie Droz S.A., 1998.

PERALVA, Angelina. O jovem como modelo cultural. Revista Brasileira de Educação, v. 5, n. 6, p. 15-24, 1997.

ROTHBERG, Danilo. A sociedade em rede e suas razões para o voto: impactos da internet sobre a dimensão sociopolítica. Anais do IV Congresso Latino Americano de Opinião Pública. Belo Horizonte, 2012.

RIBEIRO, Eliane; LANES, Patrícia; CARRANO, Paulo. Diversidade de perfis caracteriza as juventudes brasileiras. Ibase, 2006. http://www.ibase.br/userimages/ibasenet_dv30_indicadores.pdf Acesso em 30/06/14.

RIBEIRO, Ednaldo Aparecido; FARINA, Marli Burato. Cultura política e agentes de socialização. Mediações-Revista de Ciências Sociais, v. 9, n. 2, p. 177-198, 2004.

RIBEIRO, Gustavo Lins. Cultura e política no mundo contemporâneo. Brasília, EdUnB, 2000.

RODRIGUES, Alan. O que os jovens pensam sobre a política. Revista IstoÉ. Edição 2336, 29 de agosto de 2014. Disponível em: http://www.istoe.com.br/reportagens/380009_O+QUE+OS+JOVENS+PENSAM+SOBRE+A+POLITICA Acessado em: 13/01/15.

ROMANO, Roberto. O caldeirão de Medéia: o problema da soberania popular, da soberania estatal e das ciências hoje. Revista do Centro de Estudos da Procuradoria Geral do Estado de São Paulo, n. 45/46, jan./dez., 1996.

SANTOS, Edmilson Santos; MANDARINO, Claudio Marques. Juventude e Religião: cenários no âmbito do lazer. Revista de Estudos da Religião, n. 3, p. 161-177, 2005.

SOFIATI, Flávio Munhoz. Religião e juventude: os novos carismáticos. Idéias & Letras, 2011.

STABILE, Max. Jovens e novas tecnologias: em busca de uma democracia colaborativa. Em Debate. Belo Horizonte, v. 4, n.8, p. 35-39, 2012.

TELLES, Helcimara de S.; DIAS, Mariana. Condutas políticas, valores e voto dos eleitores jovens de Belo Horizonte. Revista do Legislativo. Belo Horizonte, n. 43, jan. 2010, p.82-102.

TEIXEIRA COELHO, José. Cultura e cultura política dos jovens. Revista USP, n. 32, p. 156-165, 1997.

YOUNG, Iris Marion. Representação política, identidade e minorias. Lua Nova, v. 67, p. 139-190, 2006.

WAUTIER, Anne Marie et al. Para uma sociologia da experiência. Uma leitura contemporânea: François Dubet. Sociologias. Porto Alegre: Editora da UFRGS, p. 174-214, 2003.

Pubblicato

2018-05-14

Come citare

BARROS, Antonio Teixeira de; MARTINS, Lúcio Meireles. Juventude e engajamento político despartidarizado: estudo sobre os egressos do Parlamento Jovem Brasileiro (2004-2013). Latitude, Maceió-AL, Brasil, v. 11, n. 1, 2018. DOI: 10.28998/lte.2017.n.1.2244. Disponível em: https://seer.ufal.br/index.php/latitude/article/view/2244. Acesso em: 6 ott. 2024.

Fascicolo

Sezione

Artigos

Articoli simili

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 > >> 

Puoi anche Iniziare una ricerca avanzata di similarità per questo articolo.