Narrativas de mulheres lésbicas, bissexuais e homens trans sobre o acesso ao cuidado em saúde
DOI:
https://doi.org/10.28998/rpss.e02409008espResumo
Introdução: A garantia do princípio da equidade supõe a compreensão de como a interação de diversos marcadores sociais da diferença – tais como sexualidade, identidade de gênero, classe social, raça/cor, etnia etc. – produz vulnerabilidades nos corpos. Esse fenômeno é evidente entre Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Travestis (LGBT), que, frequentemente, se deparam com barreiras no acesso à saúde. Objetivo: Conhecer trajetórias relacionadas à busca de cuidado por pessoas que se autodeclaram como mulheres cisgêneras lésbicas, bissexuais ou como homens trans. Métodos: Pesquisa qualitativa, usando entrevistas em profundidade, de forma a espelhar as subjetividades, características e vivências de cada um(a) dos(as) participantes. As entrevistas foram analisadas a partir da perspectiva da análise de conteúdo. Resultados: As narrativas revelam a inexistência de espaços voltados para a escuta e aceitação da diferença, sendo comuns tratamentos violentos e inadequados, que reforçam a estigmatização e a segregação de corpos que desafiam as normas de gênero e sexualidade. Conclusões: A (cis)heteronormatividade alcança a formação dos profissionais de saúde e se reflete em suas práticas, fazendo com que mulheres lésbicas, bissexuais e homens trans sejam alijados do acesso ao cuidado. Tal constatação reforça a necessidade de fomentar processos de educação em saúde que, para transformar essa realidade, estejam constantemente abertos à reflexão e à criação de novas formas de atuar. Este texto é fruto do programa de pós-graduação stricto sensu Mestrado Profissional em Saúde da Família (PROFSAÚDE).
Palavras-chave: Minorias Sexuais e de Gênero; Equidade no Acesso aos Serviços de Saúde; Direito à Saúde; Educação em Saúde.
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