Narrativas de mulheres lésbicas, bissexuais e homens trans sobre o acesso ao cuidado em saúde

Autores

  • Bruna Schneider Pinto Coelho Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
  • Alexandre Costa Val Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
  • Rafaela Cristina Teixeira Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
  • Adriana Maria de Figueiredo Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)

DOI:

https://doi.org/10.28998/rpss.e02409008esp

Resumo

Introdução: A garantia do princípio da equidade supõe a compreensão de como a interação de diversos marcadores sociais da diferença – tais como sexualidade, identidade de gênero, classe social, raça/cor, etnia etc. – produz vulnerabilidades nos corpos. Esse fenômeno é evidente entre Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Travestis (LGBT), que, frequentemente, se deparam com barreiras no acesso à saúde. Objetivo: Conhecer trajetórias relacionadas à busca de cuidado por pessoas que se autodeclaram como mulheres cisgêneras lésbicas, bissexuais ou como homens trans. Métodos: Pesquisa qualitativa, usando entrevistas em profundidade, de forma a espelhar as subjetividades, características e vivências de cada um(a) dos(as) participantes. As entrevistas foram analisadas a partir da perspectiva da análise de conteúdo. Resultados: As narrativas revelam a inexistência de espaços voltados para a escuta e aceitação da diferença, sendo comuns tratamentos violentos e inadequados, que reforçam a estigmatização e a segregação de corpos que desafiam as normas de gênero e sexualidade. Conclusões: A (cis)heteronormatividade alcança a formação dos profissionais de saúde e se reflete em suas práticas, fazendo com que mulheres lésbicas, bissexuais e homens trans sejam alijados do acesso ao cuidado. Tal constatação reforça a necessidade de fomentar processos de educação em saúde que, para transformar essa realidade, estejam constantemente abertos à reflexão e à criação de novas formas de atuar. Este texto é fruto do programa de pós-graduação stricto sensu Mestrado Profissional em Saúde da Família (PROFSAÚDE).

Palavras-chave: Minorias Sexuais e de Gênero; Equidade no Acesso aos Serviços de Saúde; Direito à Saúde; Educação em Saúde.

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Biografia do Autor

Bruna Schneider Pinto Coelho, Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)

Graduada em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e mestra em Saúde da Família pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Médica de Estratégia Saúde da Família. CV: http://lattes.cnpq.br/1905956326070698 / ORCID: https://orcid.org/0000-0001-9539-819

Alexandre Costa Val, Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)

Graduado em Medicina e mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); doutor em Saúde Coletiva pelo Centro de Pesquisas René Rachou (FIOCRUZ), com pós-doutorado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Professor Associado da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). CV: http://lattes.cnpq.br/5396263759199817 / ORCID: http://orcid.org/0000-0003-1334-6054

Rafaela Cristina Teixeira, Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)

Graduanda Serviço Social pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). CV: http://lattes.cnpq.br/1617671464722336 / ORCID: https://orcid.org/0009-0009-2864-520X

Adriana Maria de Figueiredo, Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)

Graduada em Ciências Sociais, mestra em Sociologia e doutora em Sociologia e Política pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com pós-doutorado pela Fundação Oswado Cruz - Centro de Pesquisas René Rachou (CPQRR - FIOCRUZ). Professora da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). CV: http://lattes.cnpq.br/1742818638174651 / ORCID: https://orcid.org/0000-0001-9222-6397

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Publicado

2024-05-31

Como Citar

Coelho, B. S. P., Val, A. C., Teixeira, R. C., & Figueiredo, A. M. de. (2024). Narrativas de mulheres lésbicas, bissexuais e homens trans sobre o acesso ao cuidado em saúde. Revista Portal: Saúde E Sociedade, 9(Especial). https://doi.org/10.28998/rpss.e02409008esp