Análise do estado de bem-estar social sob a ótica Keynesiana: Seu desenvolvimento, ascensão e enfraquecimento

Autores

  • José Ricardo Martins Instituto Municipal de Administração Pública (Escola de Governo) https://orcid.org/0000-0002-4908-5899
  • Marcelo Souza Santos Universidade Estadual de Ponta Grossa - Paraná

DOI:

https://doi.org/10.28998/repd.v11i27.11669

Resumo

O artigo tem como objetivo analisar o modelo do Estado de Bem-estar social através da teoria keynesiana, seu desenvolvimento, ascensão e enfraquecimento (1930-1980). O papel de um Estado regulador da economia propôs uma solução à crise de 1929 e auxílio na reconstrução de países no pós-guerra. Entre as décadas de 1970 e 1980, o modelo de Estado de Bem-estar social se enfraqueceu devido a mais uma crise econômica de extensão mundial e por outros fatores, como o neoliberalismo. Metodologicamente esta é uma pesquisa qualitativa-descritiva, baseada em estudo bibliográfico que tem como questão: quais foram os fatores que colaboraram para que o Estado recuasse em sua política assistencial nas décadas de 1970-80? Como hipótese de trabalho, considera-se que o Estado de Bem-estar social busca assegurar equilíbrio econômico e proteção aos direitos individuais e sociais dos seus cidadãos, sem sair dos moldes do capitalismo. Conclui-se que o ciclo econômico que ocorreu nesse recorte temporal, possibilitou o protagonismo do neoliberalismo, mas não a anulação do Estado de Bem-estar social.

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Biografia do Autor

José Ricardo Martins, Instituto Municipal de Administração Pública (Escola de Governo)

Doutor em sociologia pela Universidade Federal do Paraná

Marcelo Souza Santos, Universidade Estadual de Ponta Grossa - Paraná

Graduado Tecnologia em Gestão Pública pela Universidade Estadual de Ponta Grossa com Pós Graduação em Administração Pública pelo Instituto Municipal de Administração Pública

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Publicado

2021-06-29

Edição

Seção

Artigos