Percepções dos sul-americanos sobre dimensões ligadas ao empreendedorismo: os casos do Brasil, do Chile, da Venezuela, da Bolívia e do Uruguai.
DOI:
https://doi.org/10.28998/repd.v4i11.774Abstract
O objetivo desse trabalho foi buscar a compreensão do perfil de possíveis empreendedores brasileiros em comparação à chilenos, uruguaios, bolivianos e venezuelanos, a fim de fornecer informações para uma futura elaboração de políticas públicas que utilizem o empreendedorismo como instrumento para desenvolvimento econômico local. Para alcançar o objetivo, a metodologia adotada foi a realização do teste não paramétrico de Mann-Whitney, através do software de análise estatística SPSS (Statistical Package for Social Science), em uma amostra de 884 questionários, verificando diferenças entre as variáveis a serem estudadas, a um nível de significância de até 5%, através do nos dados coletados a partir do questionário elaborado pela Universidade Federal de Alagoas e Fundação Dom Cabral-MG. Em seguida, os resultados foram comparados à variáveis sócio-econômicas e/ou culturais, buscando encontrar alguma justificativa que possa ter influenciado na formação das percepções dos indivíduos entrevistados. Os resultados mostraram que, dentre 10 dimensões estudadas, o Brasil possui percepção semelhante à chilena em 4 destas – tolerância à incerteza, lócus interno de controle, ética e liderança/persuasão –, semelhante à venezuelana em 6 casos – tolerância à incerteza, ética, capacidade de realização/planejamento, rede de relações, conhecimento de setor/informação e liderança/persuasão –, à uruguaia em 5 casos – lócus interno de controle, auto-aprendizagem, ética, conceito de si/necessidade de realização e liderança/persuasão – e à boliviana em 5 casos – lócus interno de controle, conceito de si/necessidade de realização, rede de relações e liderança/persuasão.