O fomento ao desenvolvimento de longo prazo e o papel do Estado como indutor da inovação e do empreendedorismo: os casos da unidade beneficiadora de leite de Alagoas (UBL) e a Norvinco indústria de embalagens S.A.
DOI:
https://doi.org/10.28998/repd.v7i19.8726Abstract
O artigo pretende demonstrar que a importância do Estado na economia como indutor e fomentador da inovação, principalmente nos estágios iniciais das pesquisas básicas. Este é um dos momentos cruciais das futuras inovações nos produtos que chegam ao mercado. É um momento decisivo para a continuidade das pesquisas e para a construção de articulações e redes de cooperação que consigam aproximar a geração de ideias com a concretude dos produtos no mercado. O componente 'incerteza' nos estágios iniciais do processo de inovação não pode ser reduzido estatísticamente a zero, dificultando os investimentos do setor privado e, como consequência, estancando o crescimento econômico e o ganho de competitividade das empresas e a elevação da renda dos trabalhadores na economia. Podemos observar a ação do Estado em dois casos específicos de empresas que se utilizaram de políticas de apoio à inovação. Os resultados apresentados evidenciam a importância da ação de políticas públicas para que a iniciativa privada aumente seus níveis de eficiência produtiva e modifiquem o estado da economia de forma ampliada.Downloads
References
ARÉVALO, A. B. El capital social como recurso de desarrollo. In. Gestión y promoción Del desarrollo local. Universitat de València, 2009. (mimeo).
BARQUERO, A. V. Desarrolloendogeno y globalizacion. Artigo publicado em Madoery, Oscar y
VázquezBarquero, Antonio (Eds.). Transformacionesglobales, instituciones y políticas de desarrollo local. Editorial Homo Sapiens, Rosario, 2001.
BIELSCHOWSKY, R. Pensamento econômico brasileiro: o ciclo ideológico do desenvolvimentismo. Rio de Janeiro: Ipea; Inpes; 1988.
BRESSER-PEREIRA, L. C. Desenvolvimento e crise no Brasil: história, economia e política de
Getúlio Vargas a Lula. São Paulo: Ed. 34, 2003.
CALIXTRE, A. B.; BIANCARELLI, A.M.; CINTRA, M.A.M. (editores). Presente e futuro do
desenvolvimento brasileiro. Brasília:IPEA, 2014.
CHRISTENSEN, C. M.; RAYNOR, M. E. The innovator’s solution: creating and sustaining
successful growth. Boston: Harvard Business School Press, 2003.
FRIEDMAN, Milton. Livre para escolher. Rio de Janeiro: Record, 2015.
FURTADO, C. O capitalismo global. São Paulo: Paz e Terra, 1998.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. PINTEC – Pesquisa Industrial de
InovaçãoTecnológica. Disponível em: <http://www.pintec.ibge.gov.br> Acesso em: 21 dez. 2010
KIM, L. Da imitação à inovação: a dinâmica do aprendizado tecnológico da Coreia. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2005.
KIM, L; NELSON, R. R. (orgs). Tecnologia, aprendizado e inovação: as experiências das economias de industrialização recente. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2005.
LEITE, L. A. M.; SANTIAGO, L.P.; TEIXEIRA, J.P. Opções reais sob incertezaknightiana na
avaliação econômica de projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D). Artigo publicado em:
http://dx.doi.org. Production produção, julho/setembro, 2015.
MAZZUCATO, Mariana. O estado empreendedor: desmascarando o mito do setor público vs. setor privado. São Paulo: Portfolio-Penguin, 2014.
NELSON, R. R.; WINTER, S. G. Uma teoria evolucionária da mudança econômica. Campinas: Ed. da Unicamp, 2005
OCDE, FINEP. Manual de Oslo: diretrizes para coleta e interpretação de dados sobre inovação. 3ª edição. Brasília: FINEP, 1997.
PENROSE, E. A teoria do crescimento da firma. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2006.
PEREZ, C. Technological revolutions and financial capital: the dynamics of bubles and Golden
ages. England: Edward Elgar Publishing, 2002.
PIKETTY, Thomas. Capital in the twenty-first century. Cambridge, Massachussets, 2014
ROSENBERG, N. Por dentro da caixa preta: tecnologia e economia. Campinas, SP: Editora da
UNICAMP, 2006.
SENAI. Desenvolvimento, inovação e sustentabilidade: contribuições de Ignacy Sachs. Rio de
Janeiro: Gramond, 2014.
SCHUMPETER, J. A. Teoria do desenvolvimento econômico: uma investigação sobre lucros,
capital, crédito, juros e o ciclo econômico. 3. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1988.
TAVARES, M.C. Acumulação de capital e industrialização no Brasil. Campinas: Editora UNICAMP, 1986.