Marx e a bolsa de valores: esboço de uma consideração introdutória
DOI:
https://doi.org/10.28998/repd.v12i28.12996Palavras-chave:
Capital Especulativo. Capital Fictício. Marx. Crises. Capitalismo.Resumo
O presente escrito visa apresentar alguns pontos centrais da tese crítica de Marx acerca do capital especulativo. Apresentando alguns conceitos e explicações introdutórias acerca do capital especulativo desde o seu nascedouro, com ênfase na Bolsa de Valores/Sociedade por ações até o ponto fulcral da crise sob o ponto de vista de considerações marxianas, mostra-se aqui, na sequência, algumas das principais considerações de Marx acerca desse tema e, não obstante, se explicita aqui como o capital especulativo se estrutura através da emancipação da circulação enquanto capital fictício. Vale frisar que o presente escrito apresenta considerações introdutórias à tese marxiana acerca do capital especulativo/Bolsa de valores. O capital fictício, que passa a ter visibilidade a partir do capital especulativo, parece passar a gerir a totalidade do capital no interim do modo de produção capitalista, o mesmo não aparenta estabelecer relação direta com as formas de produção concretas que agregam valor ao capital, fantasmagoricamente sugerindo-se como se adviesse do nada, mesmo sendo algo, e não nada. Demonstra-se aqui que o capital fictício não somente é codependente da produção como, também, o mesmo é móbile de crises e cumpre aquela que é, segundo Marx, talvez a principal tendência do capital, a saber, a centralização da riqueza. Demonstrado isso, conclui-se que a natureza do capital é a crise e que o capital especulativo é um de seus principais móbiles desde a época da elaboração das considerações marxianas até o presente momento.
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