A evolução do mercado de trabalho no estado do Ceará na indústria de transformação no setor têxtil de 2006 e 2014

Autores

  • Ane Caroline Rodrigues Mestrado em Desenvolvimento Sustentável da Universidade Federal do Cariri (PRODER-UFCA)
  • Cícera Vivane Barros Observatório das Migrações do Ceará, Departamento de Economia da Universidade Regional do Cariri
  • Francisco do O de Lima Junior Departamento de Economia da Universidade Regional do Cariri (DE-URCA)

DOI:

https://doi.org/10.28998/repd.v8i19.3384

Resumo

O presente artigo tem como objetivo analisar, em 2006 e 2014, mais precisamente antes do primeiro mandato do governo Cid Gomes (2006) e ao término do seu segundo mandato (2014), as características da indústria de transformação instaladas no Ceará, mas especificamente, o setor têxtil formal e, notadamente, traçar o perfil sociodemográfico e socioeconômico dos empregados em tal atividade, procurando verificar se houve avanços ou retrocessos tanto neste setor, como no mercado de trabalho cearense. Para tanto, foram utilizados dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Em termos teóricos foi feita uma breve descrição sobre o processo de industrialização cearense, citando a criação do Fundo de Desenvolvimento Industrial (FDI). Os principais resultados mostram no intervalo em estudo, aumento na quantidade absoluta e relativa de estabelecimentos industriais instalados no Ceará, notadamente no setor da construção civil. No que concerne ao número de trabalhadores, houve criação de vagas, entre 2006 e 2014. Já o setor têxtil industrial, foco de análise desse estudo, mostrou-se com avanços em termos de ocupação nos anos em análise. Quanto ao perfil dos empregados na indústria têxtil formal cearense, os dados revelam que estes são, em sua maioria, do sexo feminino (40,83%), têm entre 30 a 39 anos (idade considerada ativa), possuem o ensino médio completo até o superior incompleto, permanecem por um ano a menos de três no mesmo emprego e auferem de 1 a 2 salários mínimos. Ademais, embora o nível educacional tenha melhorado expressivamente, o salário permanece baixo, e com espaço bastante equilibrado para a mão de obra de ambos os sexos, embora o feminino esteja na frente (em termos percentuais). Assim, empregos no setor têxtil foram criados, porém precários, e determinados pelos incentivos fiscais adotadas pelo governo do Estado, mostrando que ainda se há muito para com o que se avançar. 

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Biografia do Autor

Ane Caroline Rodrigues, Mestrado em Desenvolvimento Sustentável da Universidade Federal do Cariri (PRODER-UFCA)

Mesrtranda do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Sustntável da Universidade Federal do Cariri, Graduada em Economia pel Universidade REgional do Cariri (URCA)

Cícera Vivane Barros, Observatório das Migrações do Ceará, Departamento de Economia da Universidade Regional do Cariri

Pesquisadora do Observatório das Migrações do Ceará, Departamento de Economia da URCA. Graduada em Economia pela URCA

Francisco do O de Lima Junior, Departamento de Economia da Universidade Regional do Cariri (DE-URCA)

Graduação em Economia (URCA); Mestrado em Economia (Instituto de Economia da Universidade Federal de Uberlândia); Doutorado em Desenvolvimento Econômico (Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas); Estágio Doutorial em Geografia (instituto de Geografia da Universidade de Inssbruck, Áustria)

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Publicado

2018-02-09

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Artigos