A questão ambiental e a necessidade de cooperação social na superação do autointeresse de curto prazo
DOI:
https://doi.org/10.28998/repd.v9i21.8742Resumo
Sob a ditadura neoliberal do mercado globalizado, muitas das nações desenvolvidas, imersas na busca de curto prazo por competitividade econômica, acabam por não investir na adoção das políticas de sustentabilidade. Essa atitude traz consigo, de forma implícita, a suposição de que se outras nações adotarem tais políticas, elas poderão desfrutar das benesses de um modo de vida menos poluente, sem precisar assumir os custos que diminuiriam a sua competividade e sem ferir seus interesses de curto prazo. Esse comportamento entre países é seguido pelas corporações econômicas e também pelos indivíduos. Enquanto isso, a cooperação entre as partes passa ao largo. Nesse sentido, o objetivo fundamental deste artigo é responder à pergunta: qual o potencial de expansão da cooperação entre as pessoas e os povos na atual conjuntura capitalista? Adicionalmente, quais seriam os mecanismos para os indivíduos voltarem a se organizar e superar a passividade e a despolitização que os permeiam na atualidade? Reforçamos no trabalho a ideia de bens comuns e a necessidade de se reestabelecer a confiança necessária para a cooperação neste nível.Downloads
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