EFEITO DA TEMPERATURA NO CRESCIMENTO E ESPORULAÇÃO DE FUNGOS ASSOCIADOS A ESTROMAS DE LIXAS DO COQUEIRO, Cocos nucifera L.
DOI:
https://doi.org/10.28998/rca.22.16222Palavras-chave:
Acremonium; Trichoderma; Hiperparasitas; Controle BiológicoResumo
As lixas do coqueiro (Cocos nucifera L.) estão entre as principais doenças fúngicas da cultura, causando o enfraquecimento das folhas e a queda prematura de frutos. A falta de variedades de coqueiros resistentes as doenças foliares e a dificuldade do controle químico imposta pela arquitetura e porte elevado das palmeiras, bem como a presença comum de fungos hiperparasitando naturalmente os estromas das lixas, reforçam estudos visando seu biocontrole. Neste trabalho, determinaram-se as temperatura para otimizar o crescimento e produção de inóculo in vitro de 18 isolados hiperparasitas de lixa do coqueiro, sendo 16 de Acremonium spp. e 02 de Trichoderma spp.. As culturas foram cultivadas em meio BDA nas temperaturas testadas de 15, 20, 25, 30 e 35ºC, durante dez dias de incubação sob fotoperíodo de 12 h. Maiores taxas de crescimento micelial e esporulação para os isolados de Acremonium spp. ocorreram nas temperaturas de 20 e 25 ºC, respectivamente. Já, para Trichoderma spp., maior crescimento e esporulação foi a 25 ºC e 30 ºC, respectivamente. Essas temperaturas podem ser utilizadas para o cultivo e produção do inóculo bem como indicam épocas nas quais as condições térmicas podem favorecer o biocontrole das lixas do coqueiro.
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