PREFERÊNCIA DE OVIPOSIÇÃO DE Ascia monuste orseis (LATREILLE) (LEPIDOPTERA: PIERIDAE) EM Cleome spinosa (JACQ.) RAF. E Brassica oleracea L. var. acephala

Autores

  • Alexsandro Pacheco Universidade Federal de Alagoas
  • Daniel Freitas Soares Graduação em Agronomia, Campus de Engenharias e Ciências Agrárias, Universidade Federal de Alagoas.
  • Gabriel Ferreira dos Santos Graduação em Agronomia, Campus de Engenharias e Ciências Agrárias, Universidade Federal de Alagoas.
  • Tadeu de Sousa Carvalho Graduação em Biologia, Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal de Alagoas.
  • Camila Alexandre Cavalcante de Almeida
  • Mariana Oliveira Breda

DOI:

https://doi.org/10.28998/rca.22.18380

Palavras-chave:

Planta armadilha, MIP, Controle comportamental

Resumo

A couve-manteiga (Brassica oleracea L. var. Acephala), pertencente à família Brassicaceae, é uma cultura que possui grande valor econômico, no entanto, a qualidade e produtividade do cultivo de couve-manteiga pode ser afetada devido a ocorrência de surtos populacionais de insetos praga. Dentre os insetos praga associados a cultura da couve, destaca-se a Ascia monuste orseis (Latrielle, 1819) (Lepidoptera: Pieridae), conhecida popularmente como curuquerê-da-couve. Atualmente, a maneira mais utilizável de reduzir as populações desse inseto-praga é através do uso periódico de inseticidas químicos, porém o controle químico traz efeitos deletérios, tais como a contaminação ambiental e o risco à saúde humana. Uma alternativa que vem sendo foco de pesquisas é o uso do controle comportamental, através do uso de semioquímicos com a utilização de plantas armadilhas (interação inseto/planta). Diante disso, esse trabalho teve como objetivo avaliar a preferência de oviposição de A. monustes orseis entre B. oleracea var. acephala e C. spinosa (mussambê), com o  uso de plantas armadilhas. A pesquisa foi desenvolvida em condições de campo, nas dependências do Laboratório de Entomologia Agrícola e Florestal (LEAF). O experimento ocorreu entre o mês de setembro a outubro de 2024, as avaliações foram feitas a cada 3 dias, totalizando 10 avaliações. Em números totais ocorreram 29 posturas e 689 ovos ao longo das 10 avaliações, sendo 28 posturas e 677 ovos apenas no mussambê. Sendo assim, o mussambê possívelmente apresenta compostos volatéis que atuam como aleloquímicos na atratividade da A. monuste orseis, tornando essa espécie um hospedeiro alternativo a ser utilizado como planta armadilha no manejo da praga em cultivos B. oleracea var. acephala.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Filgueira, F. A. R. Novo manual de olericultura: agrotecnologia moderna na produção e comercialização de hortaliças. 3ª ed. Viçosa, MG: Universidade Federal de Viçosa, p. 421, 2008.

Hokkanen, H.M.T. Trap cropping in pest management. Annual Review of Entomology, 1991, 36, 119-138.

Lovatto, P. Goetze, M.; Thomé, G. C. H. Efeito de extratos de plantas silvestres da família Solanaceae sobre o controle de Brevicoryne brassicae em couve (Brassica oleracea var. acephala). Ciência Rural, 2004, 34, 971-978.

Novo, M.C.S; Prela-Pantano, A.; Deuber, R.; Torres< R.B.; Trani, P.E.; Bron, I.U. Caracterização morfológica e da coloração de folhas de couve do banco de germoplasma do Instituto Agronômico de Campinas. 2011. Disponível em: <http://www.infobibos.com/Artigos/2011_1/couve/index.htm>. Acesso em: 28/10/2024

Panizzi, A. R.; Parra, J. R. P. Bioecologia e nutrição de insetos: base para o manejo integrado de pragas. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2009, Londrina: Embrapa Soja.

Vendramim, J. D.; Martins, J. C. Aspectos biológicos de Ascia monuste orseis (Latreille: Pieridae) em couve (Bassica oleracea L. var. acephala). Poliagro. Bandeirantes, 1982, 4, 57-65.

Wall, R.; Fisher, P. Visual and olfactory cue interaction in resource-location by the blowfly Lucilia sericata. Physiological Entomology, 2001 26, 212–218.

Downloads

Publicado

2024-11-23

Edição

Seção

VIII Semana da Agronomia - 1º Concurso científico