INDÍGENAS, HISTÓRIA E LITERATURA: PENSANDO O ÍNDIO NO SEMIÁRIDO PERNABUCANO EM TRÊS ROMANCES DE GILVAN LEMOS
Abstract
A pesquisa é parte de nossa Dissertação de Mestrado em História, onde relacionamos História, história indígena e Literatura abordando o romance A lenda dos cem (1995) do pernambucano Gilvan Lemos. Na obra narrou-se a história de um povo indígena denominado “Xacuris” com possível alusão ao povo indígena Xukuru do Ororubá situados entre os municípios de Pesqueira e Poção, no Semiárido pernambucano. Os indígenas se mobilizaram na década de 1990 na retomada do território invadido por fazendeiros com repercussões nacionais e internacionais. Temos o objetivo de analisar os discursos sobre o índio em três outras obras de Gilvan Lemos: Noturno sem música (1956); Jutaí menino (1968) e Espaço terrestre (1993), para pensar os contextos e motivações que guiaram o escritor na elaboração das narrativas nas obras. Para problematização dos discursos utilizamos os conceitos da Teoria Literária que abordam as formas de construir um romance (MOISÉS, 2006; CÂNDIDO, 2004; MESQUITA, 1987) para o historiador compreender os caminhos seguidos pelos escritores na elaboração das obras. Refletimos, assim, acerca da construção das personagens, para pensar como os romancistas articulam os recursos das memórias, imaginação e realidade, para assim, refletir como surgem e quais os papéis da personagem em uma narrativa tendo em vista alguma intenção.
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