DECOLONIALIDADE: CONTRIBUIÇÕES PARA (RE)PENSAR A HISTÓRIA.
Résumé
O presente artigo busca refletir sobre a incorporação aos estudos históricos do conceito de decolonização, com a finalidade de refletir a historiografia e as narrativas acerca dos povos indígenas e afro-brasileiros. A fim de alcançar este objetivo buscamos subsídios teóricos em autores(as) como: SAID, 1978; MIGNOLO, 2003; SANTOS, 2003; HALL, 2004; QUIJANO, 2005; SPIVAK, 2010; e BARBOSA, 2012. A partir desses autores e discussões teórico-historiográficas, é possível perceber como esse e outros conceitos e leituras podem contribuir para (re)pensar a História. Destacamos, também, que os estudos decoloniais têm demonstrado um crescimento significativo no campo das Ciências Sociais e dos estudos da Literatura, em particular, na América Latina e na Ásia (BARBOSA, 2012; BALLESTRIN, 2013). E que aos poucos estão sendo incorporados aos estudos da História, possibilitando novas/outras formas de se conceber o conhecimento historiográfico e de como opera as dimensões saber/poder.
Téléchargements
Références
ALMEIDA, Eliene Amorim de; SILVA, Janssen Felipe da. Abya Yala. 2015. “Como Território Epistêmico: Pensamento Decolonial Como Perspectiva Teórica Interritórios”. In: Revista de Educação. Universidade Federal de Pernambuco, Caruaru, v.1, n.1, p.42-64.
BALLESTRIN, Luciana. 2013. “América latina e o giro decolonial”. In: Revista Brasileira de Ciência Política, n. 11, Brasília, maio-agosto, p. 89-117.
BARBOSA, Muryatan Santana. 2010. “A crítica pós-colonial no pensamento indiano contemporâneo”. In: Afro-Ásia, n. 39, Salvador, p. 57-77.
_______. 2012. A África por ela mesma: a perspectiva africana na História Geral da África (UNESCO). São Paulo: USP.
BARROS, José D'Assunção. 2011. Teoria da História, vol. II. Os primeiros paradigmas: Positivismo e Historicismo. Petrópolis: Vozes.
BOURDÉ, Guy; MARTIN, Hervé. 1983. As Escolas Históricas. Lisboa: Publicações Europa/América.
BURKE, Peter. 1997. A Escola dos Annales (1929-1989). São Paulo: Fundação Editora da UNESP.
BROCARDO, Daniele; TECCHIO, Caroline. 2019. “Olhares para a História: pós-colonialismo, estudos subalternos e Decolonialidade”. In: RELACult - Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura e Sociedade, v. 3, dez. 2017. Disponível em: <http://periodicos.claec.org/index.php/relacult/article/view/496>. Acesso em: 29 out.
CAMINHA, Pero Vaz. Carta de Pêro Vaz de Caminha ao Rei de Portugal. 1 de maio de 1500. Lisboa: Torre do Tombo, Gavetas, Gav. 15, mç. 8, n.º 2. Disponível em WWW: http://purl.pt/162/1/brasil/obras/carta_pvcaminha/index.html>. Acessado 20/06/2020.
CANDIDO, A. 2002. “Notas de crítica literária - Carta a Luís Martins”. In: DANTAS, V. (Org.). Textos de intervenção. São Paulo: Duas Cidades, Editora 34.
CASTRO, E. 2018. Epistemologias e caminhos da crítica sociológica latino-americana. In: CASTRO, Edna; PINTO, Renan Freitas (orgs.). Decolonialidade e sociologia na América Latina. Belém: NAEA: UFPA.
DAMÁZIO, Eloise da Silveira Petter et al. 2011. Colonialidade e decolonialidade da (anthropos) logia jurídica: da uni-versalidade a pluri-versalidade epistêmica.
FLEURI, Reinaldo Matias. 2014. Interculturalidade, identidade e decolonialidade: desafios políticos e educacionais. Série Estudos - Periódico do Programa de Pós-Graduação em Educação da UCDB, Campo Grande, p. 89-106.
FREYRE, Gilberto. 2001. Casa-grande & senzala. Rio de Janeiro: Record.
GOLDMAN, Marcio. 2015. “‘Quinhentos anos de contato’: Por uma teoria etnográfica da (contra)mestiçagem”. In: Mana. Estudos de Antropologia Social. p. 641-659.
GUIMARÃES, Manoel Luis Lima Salgado. 1988. “Nação e Civilização nos Trópicos: o Instituto Histórico Geográfico Brasileiro e o projeto de uma história nacional”. In: Revista Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 1, n. 1, jan. p. 5-27. Disponível em: <http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/reh/article/view/1935>. Acesso em 30/10/ 2019.
KUHN, THOMAS S. 2009. A estrutura das Revoluções Científicas. São Paulo: Perspectiva.
LARAIA, Roque de Barros. 2001. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora.
MIGNOLO, Walter D. 2003. História locais / Projetos globais: colonialidade, saberes subalternos e pensamento liminar. Belo Horizontes: Ed. da UFMG.
QUENTAL, Pedro de Araújo. 2012.“A latinidade do Conceito de América Latina”. In: GEOgraphia, v. 14, n. 27. Disponível em: <http://www.uff.br/geographia/ojs/index.php/geographia/article/view/520>. Acesso em 30/10/19.
SAID, Edward. 2005. Representações do intelectual. São Paulo: Companhia das Letras.
SAID, Edward. 2007b. Orientalismo. São Paulo: Companhia das Letras.
SANTOS, Boaventura de Souza; MENESES, Maria Paula (Orgs.) 2009. Epistemologias do Sul. Coimbra: Ed. Almendina; CES.
SPIVAK, Gayatri Chakravorty. 2010. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: Editora UFMG.
STADEN, H. 2010. Duas viagens ao Brasil. Porto Alegre: L&PM.
VICENTE do Salvador, Frei. 2008. História do Brazil: 1500-1627. Curitiba: Juruá.
