DA MODERNIDADE À DECOLONIALIDADE

UM OUTRO OLHAR PARA O URBANISMO

Autores/as

  • Gustavo de Oliveira Nunes Universidade Federal do Rio Grande do Sul / Programa de Pós-graduação em Planejamento Urbano e Regional
  • Flávia Sutelo da Rosa Universidade Federal do Rio Grande do Sul / Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional
  • Mateus Henrique Hillebrand Universidade Federal do Rio Grande do Sul / Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional
  • Inês Martina Lersch Universidade Federal do Rio Grande do Sul / Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional

Resumen

O presente ensaio tem como objetivo discutir epistemologicamente a ideia de Modernidade e os seus reflexos na teoria e história da cidade, do Urbanismo e Planejamento Urbano. Para atingi-lo, partimos de uma revisão bibliográfica, inicialmente buscando identificar a concepção de Modernidade nas obras dos autores Marshall Berman e David Harvey, bem como apontamos os efeitos desta no processo de instituição do Urbanismo na Europa, a partir da leitura das autoras Donatella Calabi e Françoise Choay. A partir disso, verificamos a instauração do Urbanismo enquanto disciplina e da ideia de Modernidade, compreendida pelos autores citados, bem como sua crise no período conhecido como Pós-modernidade. Em seguida, procuramos nos aproximar do contexto da América Latina, a partir de Aníbal Quijano, que funda um olhar decolonial acerca da mesma Modernidade. Dessa forma, demonstramos que a condição que possibilitou a Modernidade europeia, enquanto um regime racional, sensível e uma realidade que se propõe universal, foi justamente a invenção da América, a exploração do seu território, a dizimação e apagamento dos saberes de seus povos originários. Essa outra perspectiva, desde o Sul Global, possibilita que a teoria e história da cidade, do Urbanismo e do Planejamento Urbano sejam pensados por meio de outras bases epistêmicas, abrindo as disciplinas para o novo.

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Biografía del autor/a

Flávia Sutelo da Rosa, Universidade Federal do Rio Grande do Sul / Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional

Graduada em Direito (ULBRA) e mestranda no Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional (UFRGS), vinculada aos grupos de pesquisa Grupo de Pesquisa de Estudos e Documentação em Urbanismo - GEDURB_Ufrgs e do Margem_Laboratório de Narrativas Urbanas. Desenvolve pesquisas na área do Planejamento Urbano, com foco nas decolonialidades e direitos indígenas. É diretora de criação, projetos culturais e zeladoria no Estúdio Sarasá Conservação e Restauração.

Mateus Henrique Hillebrand, Universidade Federal do Rio Grande do Sul / Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional

Graduado em Arquitetura e Urbanismo (Universidade FEEVALE). Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional (UFRGS) e bolsista CAPES. Desenvolve pesquisas na área de Arquitetura e Urbanismo e do Planejamento Urbano e Regional, na linha de pesquisa Cidade, Cultura e Política, com foco em manifestações artísticas nas paisagens urbanas. Vinculado ao Grupo de Pesquisa de Estudos e Documentação em Urbanismo - GEDURB_Ufrgs.

Inês Martina Lersch, Universidade Federal do Rio Grande do Sul / Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional

Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1999), com Mestrado no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil/ UFRGS (2003), e Doutorado no Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional da Faculdade de Arquitetura/ UFRGS (2014). Professora do Departamento de Urbanismo da Faculdade de Arquitetura/UFRGS. Coordena o Grupo de Pesquisa de Estudos em Documentação e Urbanismo - GEDURB_Ufrgs, Professora Permanente do Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional - PROPUR/ UFRGS.

Publicado

2024-06-28