As “pedras” de Bluteau e o patrimônio paisagístico
Palabras clave:
Paisagem. Patrimônio. Preservação e resistênciaResumen
A paisagem muda. As mudanças podem ser bruscas, sutis, lentas, invisíveis, por obra do homem, do tempo ou da natureza. Um ato bruto nas preexistências talvez seja mais facilmente identificável, mas há alterações e continuidades que se camuflam na dinâmica cotidiana ou na dispersão urbana que a contemporaneidade insiste em provocar. Nesses dois últimos casos, reconhecê-las requer vontade e preparo. O tempo, contudo, é capaz de denunciar essas nuances perceptivas, como sugere a historiografia que tem apontado para o incremento da forma de pensar a permanência, o resquício e seus valores. A reflexão acerca dessa literatura e de determinadas situações urbanas motivou a elaboração deste artigo que versa sobre maneiras de conteúdos paisagísticos resistirem à força da mudança, seja evitando-a, unindo-se a ela ou, contraditoriamente, mantendo-se à margem do olhar preservacionista.