Núm. 3 (2011): 10 Ordem
O gesto urbano pode ser conhecido como toda intervenção humana no espaço, transformando-o em lugar: uma trilha, uma ponte, uma casa... Esse processo de apropriação é pressuposto por ideias, formas de pensar e se colocar no mundo, noções de ordem. Ordem que permeia o percuso das mudanças dos espaços e criação de lugares ao longo do tempo.
Essa ordem não tem uma forma definida. Ela se expressa através de vários arranjos. São produções que banalizaram contextos geográficos e temporais diferenciados, unidas pelo pensamento modernizador que aproxima, por exemplo, a experiência germinal romana do Cardo e Decumano, duas linhas que se cruzam perpendiculamente, e os dois riscos definidores do plano de Brasília.
Esta edição da Ímpeto abre espaço para discutir resultados do desejo ou necessidade de mudança do pensamento e da produção da arquitetura contemporânea, enquanto expressão da busca por outras ordens, inerente à formação da própria figura do arquiteto que essencialmente lida com a apropriação de espaços, produção de lugares e sensações.
Autora: Roseline Oliveira