DESLOCAMENTOS FORÇADOS E REESTRUTURAÇÃO URBANA

SEIS ANOS DO DESASTRE PROVOCADO PELA BRASKEM EM MACEIÓ

Auteurs-es

Résumé

Este artigo tem como objetivo refletir sobre o processo de reestruturação urbana de Maceió após o deslocamento forçado de mais de 57 mil pessoas, em virtude do maior desastre socioambiental em curso em área urbana, provocado pela exploração desenfreada de sal-gema pela Braskem. Discute-se a atuação dos agentes produtores do espaço urbano desde 2018, quando um tremor de terra revelou os problemas no subsolo, e os desafios que se avolumam para a cidade, com ênfase em um olhar sobre a produção habitacional, bastante determinada pela euforia do mercado imobiliário, e sobre a mobilidade urbana. Para tanto, foram analisados os acordos, diagnósticos e planos desenvolvidos, bem como as legislações vigentes, além das notícias veiculadas sobre as ações em curso na cidade. Observa-se assim que após seis anos da percepção do desastre socioambiental em curso, a morosidade na resposta com políticas públicas e um planejamento urbano amplo, substituídos por ações pontuais, reflete na dispersão da população deslocada no território, que teve seu poder de escolha afetado pela elevação do preço do metro quadrado e pelos produtos ofertados pelo mercado imobiliário, bem como sobrecarga na infraestrutura urbana de certas localidades, com destaque para a mobilidade urbana; além da desvalorização da área de borda e do receio dos moradores em lá permanecer.

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Biographie de l'auteur-e

Caroline Gonçalves dos Santos, Universidade Federal de Alagoas

Arquitetura e Urbanismo 

Desenvolvimento urbano

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Publié-e

2024-06-28

Numéro

Rubrique

Seção Especial