Motherhood as a space of oppression: imprisonment and silencing of the woman-mother
DOI:
https://doi.org/10.28998/rm.2024.n.15.17078Keywords:
Motherhood, Women-mothers, Care, Oppression, AutoethnographyAbstract
This article, based on feminist epistemologies and autoethnography, presents reflections on motherhood as a space of oppression. In this way, although the researcher's maternal condition is circumscribed and delimited, and therefore does not reflect all maternities and forms of affiliation, in general, are trapped in the dispositive of motherhood and subjected to surveillance and control by the maternity apparatus. In this sense, the romantic view of motherhood is questioned, since the oppression of women-mothers is undeniable with regard to the myth of maternal love, the ethics of care and the division sex work. As notes, the article signals the need to problematize motherhood in a way that contributes to the already established field of study and presents yet another discussion about the non-romanticization of the maternal condition and, above all, regarding motherhood as a space of oppression.
Downloads
References
AGAMBEN, Giorgio. O que é contemporâneo? E outros ensaios. Chapecó: Argos, 2009.
ANCHIETA, Isabelle. Imagens da mulher no Ocidente Moderno 2: Maria e Maria Madalena. São Paulo: Edusp, 2019.
ANTONIAZZI, Carolina Bernardini. Maternidade: uma forma de opressão? Cadernos de Ética e Filosofia Política, v. 39, n. 2, p. 92–103, 2021. https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v39i2p92-103
AZEVEDO, Kátia Rosa; ARRAIS, Alessandra da Rocha. O mito da mãe exclusiva e seu impacto na depressão pós-parto. Psicologia: reflexão e crítica, v. 19, p. 269–276, 2006.
BADINTER, Elisabeth. Um amor conquistado: o mito do amor materno. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.
BIROLI, Flávia. Gênero e desigualdades: os limites da democracia no Brasil. São Paulo: Boitempo, 2018.
BUTLER, Judith. Corpos que pesam: sobre os limites discursivos do “sexo”. In: LOURO, Guacira Lopes (Org.). O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2000. p. 151–166.
CHACEL, Marcela Costa da Cunha. Cativeiro da maternidade, dispositivo e pedagogia da mulher-mãe: reflexões iniciais. Revista Mosaico - Revista de História, v. 16, n. 4, p. 173–189, 2024. Disponível em: https://seer.pucgoias.edu.br/index.php/mosaico/article/view/13537. Acesso em: 16 mai. 2024.
CONNELL, Robert W. Change among the gatekeepers: men, masculinities, and gender equality in the global arena. Signs: Journal of Women in Culture and Society, v. 30, n. 3, p. 1801–1825, 2005.
DEL PRIORE, Mary. Ao sul do corpo: condição feminina, maternidades e mentalidades no Brasil Colônia. São Paulo: Editora UNESP, 2009.
ENGELS, Friedrich. A origem da família, da propriedade privada e do Estado. São Paulo: Expressão Popular, 2010.
FEDERICI, Silvia. Calibã e a bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva. São Paulo: Elefante, 2017.
FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 2004.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2014.
FRIEDAN, Betty. A mística feminina. Petrópolis: Editora Vozes, 1971.
GILLIGAN, Carol. Résister à l'injustice: une éthique féministe du care. In: GILLIGAN, Carol; HOCHSCHILD Arlie; TRONTO, Joan (Org.). Contre l'indifférence des privilégiés. À quoi sert le care? Paris: Payot, 2013. p. 111–170.
GONZÁLEZ, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. Revista Ciências Sociais Hoje, v. 2, n. 1, p. 223–244, 1984.
HARAWAY, Donna. Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos pagu, n. 5, p. 7–41, 1995.
IAGNECZ, Rachel; WEDIG, Josiane. Ser mulher – mãe – trabalhadora: interseccionalidade na vivência da maternidade. In: Seminário Internacional Fazendo Gênero 12 (Anais Eletrônicos), p. 1–12, Florianópolis, 2021.
JANUÁRIO, Soraya Maria Bernardino. Mídia e estudos de gênero: um relato de experiência no ensino de Publicidade e Propaganda. Revista de Estudos Interdisciplinares, v. 4, n. 6, p. 74–93, 2022.
LAGARDE, Marcela. Los cautiverios de las mujeres: madresposas, monjas, putas, presas y locas. México: UNAM, 2005.
LARGUIA, Isabel. Para uma ciência da libertação da mulher. São Paulo: Global Editora, 1982.
MARCELLO, Fabiana. Enunciar-se, organizar-se, controlar-se: modos de subjetivação feminina no dispositivo da maternidade. Revista Brasileira de Educação, n. 29, p. 139–151, 2005. https://doi.org/10.1590/S1413-24782005000200011
MARX, Karl. O capital: crítica da economia política. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.
MENDONÇA, Maria Collier. Maternidade e maternagem: os assuntos pendentes do feminismo. Revista Ártemis, v. 31, n. 1, 2021. https://doi.org/10.22478/ufpb.1807-8214.2021v31n1.54296
MISSAGIA, Juliana. Ética do cuidado: duas formulações e suas objeções. Blogs de Ciência da Universidade Estadual de Campinas: Mulheres na Filosofia, v. 6, n. 3, p. 55–67, 2020. Disponível em: https://www.blogs.unicamp.br/mulheresnafilosofia/etica-do-cuidado/. Acesso em: 05 dez. 2023.
MOTA-RIBEIRO, Silvana. Ser Eva e dever ser Maria: paradigmas do feminino no Cristianismo. Anais do IV Congresso Português de Sociologia, Universidade de Coimbra, Coimbra, 2000.
MOTTA, Pedro Mourão; BARROS, Nelson Filice. Resenha Autoetnografia. Cadernos de Saúde Pública, v. 31, n. 6, p. 1339–1340, 2015. https://doi.org/10.1590/0102-311XRE020615
NAHAS, Ana Lydia Costa; LEITE, Kademi Gobi Galvão; DONERO, Susie. O mito do instinto materno: um olhar psicanalítico sobre a maternidade na contemporaneidade. Conexão Eletrônica, v. 16, n. 1, 152–161, 2019.
OKIN, Susan Moller. Gênero, o público e o privado. Revista Estudos Feministas, v. 16, n. 2, p. 305–332, 2008.
OLIVEIRA-CRUZ, Milena; MENDONÇA, Maria. Maternidade nas mídias. Santa Maria: FACOS-UFSM, 2021.
O’REILLY, Andrea. Rocking the cradle: thoughts on feminism, motherhood and the possibility of empowered mothering. Toronto: Demeter Press, 2006.
O’REILLY, Andrea (Org.). Maternal theory: essential readings. Toronto: Demeter Press, 2007.
O’REILLY, Andrea. Matricentric feminism: theory, activism, practice. Toronto: Demeter Press, 2016.
PORFÍRIO, Josêclea da Silva Nascimento. Sentindo na pele: a maternidade para mulheres negras e educandas da EJA. Revista Intratextos, v. 14, n. 1, p. 55–68, 2023. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/intratextos/article/view/72519. Acesso em: 17 mai. 2024.
RICH, Adrienne. Nacemos de mujer: la maternidad como experiencia e institución. Madrid: Traficantes de Sueños, 2019.
ROCHA, Camila Carduz. Divisão sexual do trabalho e força de trabalho da mulher no capitalismo. Anais do 16º Encontro Nacional de Pesquisadoras/es em Serviço Social, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2018.
SANTOS, Silvio Matheus Alves. O método da autoetnografia na pesquisa sociológica: atores, perspectivas e desafios. Plural: Revista de Ciências Sociais, v. 24, n. 1, p. 214–241, 2017. https://doi.org/10.11606/issn.2176-8099.pcso.2017.113972
SCAVONE, Lucila. As múltiplas faces da maternidade. Cadernos de Pesquisa, n. 54, p. 37–49, 1985.
SOVIK, Liv. Aqui ninguém é branco: hegemonia branca no Brasil. In: WARE, Vron (org.). Branquidade: identidade branca e multiculturalismo. Rio de Janeiro: Garamond, 2004. p. 363–386.
TEIXEIRA, Aysla. Maternidades subversivas: interlocuções entre direito do trabalho e vivências queer. Teoria Jurídica Contemporânea, v. 6, p. 1–16, jun. 2021. https://doi.org/10.21875/tjc.v6i0.41922
THEORAPIA. Samara Felippo - THEORAPIA #06. BPIdeias, 22 set. 2023. 57min. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=LlV5xihl8Yk&ab_channel=T%C3%A9teaTheo. Acesso em: 02 dez. 2023.
TOMAZ, Renata. Feminismo, maternidade e mídia: relações historicamente estreitas em revisão. Galáxia, v. 29, p. 155–166, 2015. http://dx.doi.org/10.1590/1982-25542015120031
TUBERT, Silvia. Figuras de la madre. Madrid: Cátedra, 1996.
WOLF, Naomi. O mito da beleza: como as imagens de beleza são usadas contra as mulheres. São Paulo: Editora Record, 2018.