La maternidad como espacio de opresión: encarcelamiento y silenciamiento de la mujer-madre

Autores/as

  • Marcela Costa Universidade Federal do Rio Grande do Norte/Universidade Federal de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.28998/rm.2024.n.15.17078

Palabras clave:

Maternidad, Mujeres-madres, Cuidado, Opresión, Autoetnografía

Resumen

Este artículo, basado en epistemologías feministas y autoetnografía, presenta reflexiones sobre la maternidad como espacio de opresión. De esta forma, aunque la condición materna de la investigadora esté circunscrita y delimitada, y por lo tanto no refleje todas las maternidades y formas de filiación, se discute cómo las mujeres-madres, en general, quedan atrapadas en el cautiverio de la maternidad y sometida a vigilancia y control por parte del dispositivol de maternidad. Se cuestiona la visión romántica de la maternidad, ya que la opresión de las mujeres-madres es innegable respecto del mito del amor maternal, la ética del cuidado y la división del trabajo sexual. Como se señala, el artículo destaca la necesidad de problematizar la maternidad de manera que contribuya al campo de estudio ya establecido y presenta una discusión más sobre la no romantización de la condición materna y, sobre todo, sobre la maternidad como un espacio de opresión.

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Publicado

2024-11-14

Número

Sección

Maternidades, práticas de cuidado e Tecnologias de governo