Experiências juvenis em espaços urbanos: a influência do contexto escolar

Autores/as

  • Bruno Guilhermano Fernandes Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

DOI:

https://doi.org/10.28998/rm.2021.n.10.11848

Palabras clave:

Experiências Juvenis, Educação Escolar, Espaços Urbanos, Desigualdade urbana.

Resumen

Este escrito apresenta resultados de um estudo, de abordagem qualitativa, que promoveu a análise de discursos e práticas de estudantes secundaristas de uma escola pública, inseridos em um recorte urbano de Porto Alegre/RS. O foco do artigo está em captar, sistematizar e comunicar determinadas experiências de jovens, moradores de regiões periféricas, para pôr em relevo como as mesmas estão sendo configuradas não apenas pelo vínculo pedagógico e de caráter social com o espaço escolar, mas, também, pelas marcas da segregação social e desigualdade urbana. Complementarmente, a partir de suas maneiras de habitar a cidade, é possível apreender algumas percepções sobre as suas formas de mobilidade, estratégias de ascensão e tentativas de reversão de estigmas territoriais associados aos seus locais de moradia.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Bruno Guilhermano Fernandes, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional - UFRJ, pesquisando as interfaces entre juventudes, educação e tecnologias. Atuou como professor e pesquisador no ensino profissional e na educação básica em disciplinas das ciências humanas. Licenciado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e com formação complementar pela Universidade Autônoma de Madri (UAM). Realizou estágio em antropologia pericial no Ministério Público Federal, trabalhando com comunidades tradicionais (2017-2019).

Citas

ARIÉS, Phillipe. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.

OLIVEIRA, Amurabi; BOIN, Felipe; BÚRIGO, Beatriz D. “Quem tem medo da etnografia?” Revista Contemporânea de Educação, v. 13, n. 26, 2018.

CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano I: artes do fazer. Petrópolis, RJ: Vozes, 3° ed., 1990.

DAYRELL, Juarez. “A escola como espaço sócio-cultural”. In: Dayrell, J. (org.): Múltiplos Olhares: sobre educação e cultura. Belo Horizonte, UFMG: 1996. 27p.

________________. “O jovem como sujeito social”. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 24, pp. 40-52, 2003.

ECKERT, C. “A cultura do medo e as tensões do viver a cidade: narrativa e trajetória de velhos moradores de Porto Alegre”. In: MINAYO, MCS., and COIMBRA JUNIOR, CEA., orgs. Antropologia, saúde e envelhecimento [online]. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, Antropologia & Saúde collection, pp. 73-102, 2002.

FEIXA, Carles. De jóvenes, bandas y tribus: antropología de la juventud. Barcelona, Ariel, 1998.

FONSECA, Cláudia. “Quando cada caso NÃO é um caso: pesquisa etnográfica e educação”. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 10, pp. 58-78, 1999.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir: O Nascimento da Prisão. Petrópolis: Ed. Vozes, 1987.

________________. Entrevista ao 'Le Monde' (fev. 1975). In: ERIBON, Didier. Michel Foucault - uma biografia. São Paulo: Cia das Letras. 1990.

________________. “Aula de 17 de Março de 1976”. In: Em Defesa da Sociedade: curso no Collège de France (1975-1976). São Paulo: Martins Fontes, pp. 285-315, 2005.

GOLDMAN, Márcio. “Alteridade e experiência: antropologia e teoria etnográfica”. Revista Etnográfica, Lisboa, v.10, n.1. pp. 159-173, 2006.

MAGNANI, José Guilherme.“De perto e de dentro: notas para uma Etnografia Urbana”. Revista Brasileira de Ciências Sociais. vol. 17, n. 49, pp. 11-29, 2002.

________________. “Os circuitos dos jovens urbanos”. Revista Tempo social, São Paulo, v. 17, n. 2, pp. 173-205, 2005.

MOREIRA, A. F. B. Sociologia do Currículo: origens, desenvolvimento e contribuições. Em Aberto, v. 9, n. 46, p. 156-167, 1990.

NOGUEIRA-RAMÍREZ, Carlos Ernesto. Pedagogia e governamentalidade, ou da Modernidade como Sociedade Educativa. Belo Horizonte: Autêntica Editora. Coleção Estudos Foucaultianos, 2011. 268p.

NOVAES, Regina. “Os jovens de hoje: contextos, diferenças e trajetórias”. In: Culturas Jovens: novos mapas do afeto. Almeida, Maria Isabel Mendes de; Eugenio, Fernanda (orgs.). Rio de Janeiro: Zahar, pp. 105-120, 2006.

PAIS, José Machado. “Máscaras, Jovens e “Escolas do Diabo””. Revista Brasileira de Educação, v. 13 n. 37, pp. 7-37, 2008.

PEREIRA, Alexandre Barbosa. ““A maior zoeira”: experiências juvenis na periferia de São Paulo”. Tese (Doutorado em Antropologia Social). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, São Paulo/SP, 2010, 262p.

________________. “Do controverso “chão da escola” às controvérsias da etnografia: aproximações entre antropologia e educação”. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, v. 23, n. 49, pp. 149-176, 2017.

SCHWEIG, Graziele Ramos. Aprendizagem e ciência no ensino de Sociologia na escola: um olhar desde a Antropologia. 1° ed. - Porto Alegre: Cirkula, 2015. 192 p.

SEFFNER, Fernando. “Escola pública e professor como adulto de referência: indispensáveis em qualquer projeto de nação”. Educação Unisinos. 20(1), pp. 48-57, 2016.

SOARES, Luís Eduardo. et al. Violência e Política no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, Iser, 1996.

WACQUANT, Loïc. A estigmatização territorial na idade da marginalidade avançada. Sociologia, Revista da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, v. 16, pp. 27-39, 2006.

________________. As duas faces do Gueto. São Paulo: Boitempo, 2008.

WILLIS, P. Aprendendo a ser trabalhador: escola, resistência e reprodução social. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991.

Publicado

2021-11-10

Número

Sección

Antropologia da Juventude