Professores homens nos anos iniciais: atravessamentos de gênero e formação docente

Autores

  • Thomaz Spartacus Martins Fonseca Secretaria municipal de Educação de Juiz de Fora, UFJF/ GESED
  • Anderson Ferrari

DOI:

https://doi.org/10.28998/rchv11n22.2020.0009

Resumo

O propósito deste artigo é problematizar os discursos que vão construindo as masculinidades e as relações de gênero a partir da presença de dois professores homens nos anos iniciais. Considerando que as masculinidades em seus atravessamentos de gênero são construções históricas, sociais e culturais, queremos investir nas suas potencialidades para colocar sob suspeita nossas formas de pensar os espaços destinados a homens e mulheres e como isso organiza a escola. A pesquisa foi organizada, metodologicamente, com entrevistas com os dois professores homens e com as gestoras das escolas, assim como observação das aulas. A perspectiva teórico-metodológica que orienta as problematizações são os estudos foucaultianos e pós-estruturalista preocupados com os modos de subjetivação a partir das relações com os saberes e poderes

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Thomaz Spartacus Martins Fonseca, Secretaria municipal de Educação de Juiz de Fora, UFJF/ GESED

Professor da rede municipal de ensino, mestre em Educação pela UFJF, doutorando em Educação pela UFJF, membro do grupo de estudos e pesquisa em Gênero, Sexualidade, Educação e Diversidade - GESED/UFJF.

Anderson Ferrari

Professor da Faculdade de Educação da UFJF, professor permanente do PPGE/UFJF, pós doutor em Educação e Cultura Visual pela Universidade de Barcelona/Espanha, doutor em Educação pela Unicamp e coordenador do GESED/UFJF.

Referências

ARAÚJO, Janaína Rodrigues. Relações de gênero na educação infantil: questionamentos acerca da reduzida presença de homens na docência. In TEIXEIRA, Adla Betsaida M. e DUMONT, Adilson. (orgs) Discutindo relações de gênero na escola: reflexões e propostas para ação docente. 1. ed. Araraquara/Belo Horizonte: Junqueira Marin, 2009

BUTLER. Judith. Corpos que importam: os limites discursivos do “sexo”. São Paulo: n-1 edições, 2019.

CARVALHO, Maria Eulina Pessoa de. Inclusão da perspectiva de gênero na Educação e na formação docente. In TEIXEIRA, Adla Betsaida M. e DUMONT, Adilson. (orgs) Discutindo relações de gênero na escola: reflexões e propostas para ação docente. 1. ed. Araraquara/Belo Horizonte: Junqueira Marin, 2009

CARVALHO, Marília Pinto de. No coração da sala de aula: Gênero e trabalho docente nos anos iniciais. 1. ed. São Paulo: Xamã/FAPESP, 1999

FERRARI, Anderson, Preconceito e exclusão: o papel da escola numa perspectiva desconstrucionista. Cadernos do professor, Juiz de Fora, n. 14. p. 29-36. 2004

______. Mãe! E a tia Lu? É menino ou menina? – Corpo, imagem e Educação. Revista Gênero. Niterói: Editora UFF, 2010.

FOUCAULT, Michel. História da sexualidade I: a vontade de saber São Paulo: Graal, 1988.

______. História da sexualidade I: a vontade de saber São Paulo: Graal, 2007

______. Vigiar e punir: história da violência nas prisões. 35. Ed. Petrópolis: Vozes, 2008

______. Ditos e Escritos IX: genealogia da ética, subjetividade e sexualidade. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2014.

HARDT. Lúcia, Formação de professores: as travessias do cuidar de si. Trabalho apresentado no GT de Formação de Professores durante a 29ª reunião anual da ANPED em outubro de 2006.

LAROSSA, Jorge. Notas sobre a experiência e o saber da experiência. Revista Brasileira de Educação. Campinas, n.19, p.20-28, 2002

______. Pedagogia profana. Belo Horizonte: Autêntica, 2004

LOURO. Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. Petrópolis, RJ: Vozes. 1997.

MARSHAL, James D. Michel Foucault: pesquisa educacional como problematização In: PETERS, Michael. A. e BESLEY, Tina. Por que Foucault? Novas diretrizes para a pesquisa educacional. Porto Alegre: Artmed, 2008

MEDRADO, Benedito. O masculino na mídia: repertório sobre masculinidade na propaganda televisiva brasileira. Dissertação de mestrado em Psicologia Social, São Paulo: PUC-SP, 1997.

______. Em tempos de masculinidades coloniais em relevo, um intento de prefácio. In: CAETANO, Márcio; JUNIOR, Paulo Melgaço da Silva. De guri a cabra-macho: masculinidades no Brasil. Rio de Janeiro: Lamparina, 2018.

NOLASCO, Sócrates. O mito da masculinidade. Rio de Janeiro: Rocco, 1993.

SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil para análise histórica. In: HOLLANDA, Heloísa Buarque de. Pensamento Feminista: conceitos fundamentais, Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019.

UNBEHAUM, Sandra. Experiência masculina da paternidade nos anos 1990: estudo das relações de gênero com homens de camadas médias. Dissertação de mestrado em Sociologia. São Paulo: USP, 2000.

VEIGA-NETO, Alfredo. A Escola tem Futuro? In COSTA, Marisa V. (org.) A Escola tem Futuro? p. 103-126, Rio de Janeiro: DP&A, 2003.

______. Foucault e a Educação. 2. Ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2007

YANNOULAS, Silvia Cristina. Feminização ou Feminilização? Apontamentos em torno de uma categoria. Revista Temporalis, v. 11 n. 22 (2011): 65 anos de Abess/Abepss, 2012

Downloads

Publicado

2022-06-27

Como Citar

Fonseca, T. S. M., & Ferrari, A. (2022). Professores homens nos anos iniciais: atravessamentos de gênero e formação docente. Revista Crítica Histórica, 11(22), 170–201. https://doi.org/10.28998/rchv11n22.2020.0009