No retrato, a escravidão: “A leia Áurea”, de Aurélio de Figueiredo

Autores

  • Mikelane Almeida do carmo Gomes Universidade do Estado do Amazonas – UEA
  • Raquel Cristina Ribeiro Pedroso Universidade Estadual Paulista - UNESP

DOI:

https://doi.org/10.28998/rchv12n23.2021.0011

Resumo

considerando os aspectos alegóricos e de teor memorialista da pintura “A lei Áurea” (1888), de Aurélio de Figueiredo, objetiva-se apresentar ideias relacionadas a uma leitura visual da obra, direcionada à percepção da historicidade e problemática social quanto à temática da abolição da escravatura. O artista utiliza-se de imagens da figura feminina para retratar a luta da mulher contra a dominação patriarcal e escravista. Os personagens alocados na tela remetem ao neobarroco pela caracterização física, utilização das cores e disposição dos planos em contrastes. E assim, considera-se que a obra possui relevância estética nas artes brasileiras, e pode ser apreciada como símbolo de um tempo histórico que se prolonga à contemporaneidade.

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Biografia do Autor

Mikelane Almeida do carmo Gomes, Universidade do Estado do Amazonas – UEA

Licenciada em Música e Instrumentação Musical (Trompetista)

Raquel Cristina Ribeiro Pedroso, Universidade Estadual Paulista - UNESP

Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP (CNPq). Doutora em Letras, Literatura e vida social pelo Programa de pós-graduação da Faculdade de Ciências e Letras de Assis-SP.

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Publicado

2021-07-31

Como Citar

Gomes, M. A. do carmo, & Pedroso, R. C. R. (2021). No retrato, a escravidão: “A leia Áurea”, de Aurélio de Figueiredo. Revista Crítica Histórica, 12(23), 266–282. https://doi.org/10.28998/rchv12n23.2021.0011

Edição

Seção

Dossiê Escravidão e Pós-Abolição no Brasil