Desafios e resistências nas transformações urbanas:
a preservação do patrimônio industrial na área do Porto de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.28998/rchv14n27.2023.0004Palavras-chave:
cidades neoliberais, patrimônio industrial, Porto de PelotasResumo
O artigo aborda a relação entre a cidade, seus espaços e as transformações contemporâneas. Antigas zonas industriais e portuárias têm enfrentado a privatização de espaços públicos e a marginalização das populações locais. A patrimonialização e a revitalização desses lugares muitas vezes exclui a participação comunitária, banalizando o passado e resultando em segregação social no presente. A rentabilização de espaços históricos leva a um lazer padronizado e mercantilizado, com limitações ao acesso público. Nas últimas décadas, movimentos de ocupação e coletivos culturais têm oferecido resistência, buscando alternativas de convívio diverso nas cidades submetidas à lógica neoliberal. Esse quadro mais geral é base para o estudo de caso referente às transformações do bairro do Porto, em Pelotas, desde a industrialização até a revitalização do lugar, com novos usos de edificações pela Universidade Federal de Pelotas e a recente reativação parcial do porto. A análise do espaço do antigo atracadouro, conhecido como “Quadrado”, revela diferentes usos e públicos, destacando a resistência dos jovens e dos moradores à privatização, além de abordar elementos das subjetividades e dos sentimentos dos frequentadores.
Palavras-chave: cidades neoliberais; patrimônio industrial; Porto de Pelotas.
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