Desconstruindo visões eurocentradas sobre os saberes africanos nas escolas e universidades brasileiras: elementos para uma educação antirracista e plural
DOI:
https://doi.org/10.28998/rchv15n29.2024.0011Resumo
Este artigo é resultado de nossas inquietações sobre um mundo colonizado e colonizador, presente em vários discursos e ações de pessoas que se veem brancas, dentro de espaços acadêmicos nos quais transitamos. Não é nosso objetivo trazer discussões exaustivas sobre a invisibilidade das histórias dos povos africanos e afros, mas a partir de nossas vivências apontar outros ângulos de suas existências, através de nossas trajetórias. Uma “educação” antirracista para a construção de sociedades sem cópias e obediências epistêmicas é de suma importância. Daí, apontamos caminhos que possibilitem o desfazer de construtos tidos como verdadeiros, buscando abordagens descolonizantes e práticas nos espaços educacionais, pois entendemos que o nosso fazer educacional deve construir-se no contexto das relações sociais, étnicoraciais, num verdadeiro diálogo com os vários saberes dos povos africanos.
Downloads
Referências
ADICHIE, Chimamanda, Ngozi. The danger of a single story. Companhia das Letras. 2019.
AMADIUME, Ifi. Male Daughters, Female Husbands: Gender and Sex in an African Society. (1987).
ANDRÉ, S.. O Unyago na Educação da menina/mulher entre o povo yaawo da província do Niassa/Moçambique. Tese de Doutorado, UFAL, Alagoas. 2019.
ANDRÉ, S.; SILVA, L. As nuances do Ser e se Sentir Mulheres das Mulheres dos Vilarejos de Moçambique. In: MORTARI, L.; WITTMANN, L. T. (orgs.) As Narrativas Insurgentes: descolonizando conhecimentos e interlaçando mundos. Florianópolis: Rocha Gráfica e Editora (Selo Nyota, Coleção AYA, v. 1), 392 p. 2020.
ANDRÉ, Sónia. Você é de Onde?. Revista ODEERE, v. 7, n. 1, jan./jun., p. 237-66. 2022.
BÂ. Amadou Hampâté. Educação tradicional na África. Disponível em <http://www.casadasafricas.org.br/wp/wp-content/uploads/2011/08/A-educacao-tradicional-naAfrica.pdf>. Acesso em maio de 2023.
____________. Tradição viva. In: História geral da África I. ZERBO, J.K (org.).
Brasília:MEC/Unesco. 2010.
¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬__________________. Amkoullel, o menino fula. Tradução: Xina Smith de Vasconcelos. São Paulo: Palas Athena: Casa das Áfricas. 2003.
BAKARE-YUSUF, Bibi. Beyond Determinism: The Phenomenology of African Female Existence. In: Feminista Africa, Issue 2. 2003.
BRASIL. Lei 10.639/2003, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei nº 9. 394, de 20 de dezembro de 1996. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília.
BRASIL. Lei 11.645/08 de 10 de março de 2008. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília.
BRASIL Ministério da Educação /Secretaria da Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade; Orientações e Ações para a Educação das Relações Étnico – Raciais. Brasília: SECAD, 2006.
CASTIANO, José P. Os saberes locais na Academia: Condições e Possibilidades da sua Legitimação. Universidade Pedagógica/CEMEC. Maputo. 2013.
CHIZIANE, P. Eu, mulher por uma visão do mundo, 2ª Ed, Nandyala livros e serviços, 17Ltda. 1994.
_________. O ato de colonizar a mente. Entrevista na Revista Bastião, 31 de março de 2014.
CHIZIANE, Paulina e MARTINS, Mariana. Ngoma Yethu: o curandeiro e o novo testamento. Paulina Chiziane Editor, 2 ed. 2015.
Diop, Cheikh Anta. Unidade Cultural da África Negra: esferas do patriarcado e do matriarcado na antiguidade clássica. Editora Pedago. Lisboa. 2015.
FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Editora da Universidade Federal da Bahia. 2008.
FRANCO, Nanci Helena Rebouças; SANTANA, Jusciney Carvalho; NUNES, Cícera. Epistemologias negras e educação: relações étnico-raciais na formação do(a) pedagogo(a). Roteiro, Joaçaba, v. 46, jan./dez..
GOMES, Nilma Lino. Reações étnico-Raciais, educação e Descolonização dos Currículos. Currículo sem Fronteiras, v.12, n.1, pp. 98-109, Jan/Abr. 2012.
_____________. O Movimento Negro Educador. Petrópolis, RJ: Vozes. 2017.
_____________.Relações étnico-raciais, educação e descolonização dos currículos. Currículo sem fron-teiras, v. 12, n. 1, p. 98-109, jan./abr. 2012.
GONZALEZ, Leilia. Por um feminismo afro-latino-americano. In: Revista Isis Internacional. Santiago, v. 9. 1988.
MALOMALO, Bas ́Ilele. Justiça teórica do matriarcado africano para se pensa a África contemporânea. Revista da ABPN, v. 12, . 31, dez 2019 – fev. 2020, p. 48 – 71.
MBEMBE, Achille. Crítica da Razão Negra. Lisboa: Antígona. 2014.
MUNANGA, K. Negritude: usos e sentidos. Belo Horizonte. Autêntica Editora, 2012.
_____________. Rediscutindo a mestiçagem no Brasil: identidade nacional versus identidade negra. Belo Horizonte: Autêntica. 2004.
NEVES, Claudisson da Silva. Os limites do ser negro: uma breve reflexão sobre o acesso dos negros no processo de escolarização no Brasil Imperial. Semana de Pedagogia, Maceió. 2015.
OLIVEIRA, L. F. de. Concepções Docentes sobre as relações étnico-raciais em educação e a Lei 10.639. Disponível em: < http://www.anped.org.br/reunioes/30ra/trabalhos/GT04-3068--Int.pdf>. Acesso em: 15 de setembro de 2023.
QUILOMBA, Grenda. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Tradução: José Oliveira. 1 ªEdição. Rio de Janeiro: COBOGÓ. 2019.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Sonia Andre, Lúcia da Conceição SilvaEste trabalho está licenciado sob uma licença
https://creativecommons.org/licenses/by-nc/2.0/br/
Os autores detém os direitos autorais sem restrições, devendo informar a publicação inicial nesta revista, em caso de nova publicação de algum trabalho.