Desconstruindo visões eurocentradas sobre os saberes africanos nas escolas e universidades brasileiras: elementos para uma educação antirracista e plural
DOI:
https://doi.org/10.28998/rchv15n29.2024.0011Resumen
Este artigo é resultado de nossas inquietações sobre um mundo colonizado e colonizador, presente em vários discursos e ações de pessoas que se veem brancas, dentro de espaços acadêmicos nos quais transitamos. Não é nosso objetivo trazer discussões exaustivas sobre a invisibilidade das histórias dos povos africanos e afros, mas a partir de nossas vivências apontar outros ângulos de suas existências, através de nossas trajetórias. Uma “educação” antirracista para a construção de sociedades sem cópias e obediências epistêmicas é de suma importância. Daí, apontamos caminhos que possibilitem o desfazer de construtos tidos como verdadeiros, buscando abordagens descolonizantes e práticas nos espaços educacionais, pois entendemos que o nosso fazer educacional deve construir-se no contexto das relações sociais, étnicoraciais, num verdadeiro diálogo com os vários saberes dos povos africanos.
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