1964 e o debate que não terminou

Reflexões sobre a terminologia “civil-militar” e a natureza da nossa última ditadura.

Autores

  • Lucileide Costa Cardoso Universidade Federal da Bahia, Professora Titular do Departamento e do PPGH, Salvador, Bahia, Brasil.
  • Bruno de Oliveira Moreira Instituto Federal da Bahia (IFBA) e Universidade Federal da Bahia (UFBA)

DOI:

https://doi.org/10.28998/rchv15n29.2024.0003

Palavras-chave:

Historiografia brasileira, Ditadura Civil-Militar, Memória

Resumo

O propósito do artigo é uma sistematização do debate historiográfico sobre o uso que o conceito de ditadura tem provocado nas interpretações sobre a natureza do golpe de 1964 e do regime daí eclodido. Sem pretensões de totalidade, realizamos um cruzamento de escritos das áreas de História e Ciências Sociais, do ponto de vista da defesa ou do distanciamento da adoção do termo “civil-militar” como categoria explicativa para definir este período singular da história brasileira. Situamos esse debate historiográfico e político no contexto dos 50 anos do golpe em 2014, quando novas contendas foram disseminadas. Pensamos que em 2024, efeméride dos 60 anos do acontecido em 1964, esse debate, já consolidado dentro e fora da Academia, possa resultar em entendimento histórico a ser balizado por novas batalhas memorialísticas e historiográficas.

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Biografia do Autor

Lucileide Costa Cardoso, Universidade Federal da Bahia, Professora Titular do Departamento e do PPGH, Salvador, Bahia, Brasil.

Professora Visitante Sênior (Universidade Autônoma de Madrid, 2020). Pós-doutora em História Contemporânea, (U. do Porto, 2016). Doutora em História Social, (USP, 2004). Professora Titular do Departamento e do PPGH em História da UFBA, área de concentração História Contemporânea e História do Brasil República. Tem experiência de pesquisa em História das Ditaduras e das sociedades pós-ditatoriais, atuando nos seguintes temas: historiografia, história dos intelectuais, literatura memorialística e discurso político. Autora do livro CRIAÇÕES DA MEMÓRIA: Defensores e Críticos da Ditadura (1964-1985), EDUFRB,2012 e organizadora de DITADURAS; Memória, Violência e Silenciamento, EDUFBA, 2017, Política e Historiografia em Tempos de Crise, Autêntica, 2021, além de capítulos de livros e artigos nacionais e internacionais, com destaque para publicações em Diacronie. Studi di Storia Contemporanea, N. 25, 1 2016; Revista da FLUP, Série História, U. do Porto, 2014; Revista Anos 90, RS, 2013, Revista Antíteses, Londrina, 2021,2013. Revista da ABHO, 2012; Revista Brasileira de História, 1994 e 2011. Atualmente, desenvolve a pesquisa intitulada MIGRAÇÕES CIENTÍFICAS: Historiadores Perseguidos e Políticas Ditatoriais em Espanha, Portugal e Brasil no século XX.

Bruno de Oliveira Moreira, Instituto Federal da Bahia (IFBA) e Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Professor efetivo de História do Instituto Federal da Bahia (Campus Santo Amaro). Doutorando em História Social pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), com período de doutorado sanduíche no IHEAL-CREDA, na Universidade Sorbonne Nouvelle - Paris 3 (com bolsa CAPES-PRINT Doutorado Sanduíche). Possui o mestrado em História Social pela UFBA (2010), tendo estudado aspectos relacionados a atuação das agências transnacionais de notícias no contexto da Guerra Fria. Atualmente, estuda a trajetória do intelectual brasileiro Milton Santos durante o período da ditadura civil-militar. Também interessa-se por temas diversos da História Política, tais como: relações memória-história; trajetórias de intelectuais progressistas; processo de constituição de regimes autoritários; entre outros. É licenciado em História pela Universidade Estadual de Santa Cruz (2007).

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Publicado

2024-07-01

Como Citar

Costa Cardoso, L., & de Oliveira Moreira, B. (2024). 1964 e o debate que não terminou: Reflexões sobre a terminologia “civil-militar” e a natureza da nossa última ditadura. Revista Crítica Histórica, 15(29), 10–41. https://doi.org/10.28998/rchv15n29.2024.0003

Edição

Seção

Dossiê 60 anos depois: o golpe civil-militar de 1964 e a ditadura no Nordeste

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