A Igreja colocada na cruz
as caravanas da anistia e o caso do padre Joseph Comblin
DOI:
https://doi.org/10.28998/rchv15n29.2024.0008Palavras-chave:
Ditadura civil-militar, Igreja Católica, Caravanas da AnistiaResumo
Após 60 anos do golpe de 1964, ainda vivenciamos o debate acerca da memória, justiça e reparação dos perseguidos políticos da repressão que se instaurou no Brasil durante duas décadas. Com a redemocratização, verificaremos nas décadas seguintes ações de reparação no contexto da chamada Justiça de Transição. Nossa pesquisa problematiza o referido contexto a partir das Caravanas da Anistia, em especial, o caso do padre J. Comblin. O episódio em questão, permiti-nos compreender o contexto da ditadura militar no Brasil a partir da ideia do passado-presente, conceituado por Dosse de contemporaneidade do não contemporâneo. Sendo assim, desenvolver a compreensão de tal período como processo inacabado, percebendo as tensões, práticas e discursos que se alimentam de seu contexto numa relação permanente de passado-presente. Para analisar este processo permanente de atualização a partir da Justiça de Transição, apoiamo-nos nos pressupostos teóricos de Rousso, para quem, a memória é a presença do passado – História que não passa.
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