Crise Ambiental: Ponderando a Respeito de um Dilema da Modernidade
DOI:
https://doi.org/10.28998/rchvl2n04.2011.0014Abstract
A questão ambiental transfigurou-se como um fato central na vida contemporânea. Nesse sentido, avaliar as especificidades da crise ambiental da Modernidade configura tema básico para compreender a questão ambiental, tanto nos seus aspectos mais amplos quanto nos específicos. Particularmente, a contraposição entre Tradição e Modernidade - que referenciam temáticas próprias no tocante à questão ambiental - conquistam relevo especial. Comparativamente, ainda que no passado seja possível identificar a irrupção de crises ambientais, essas pouco ou nada se relacionam com a crise ambiental da Modernidade. Isso porque a gênese e formas de manifestação das crises ambientais do mundo da Tradição e da Modernidade diferem em todos os sentidos. A crise ambiental das sociedades tradicionais foi demarcada pela naturalidade e a da modernidade, pela artificialidade. Ademais, a sociedade contemporânea enfrenta dificuldades manifestas em afiançar seu padrão de utilização dos recursos naturais. Basicamente em função do esgotamento das possibilidades de expansão continuada do sistema. Nesse sentido, a crise ambiental da modernidade demarca uma fronteira civilizatória, apontando para a necessidade de revisão das prioridades e das perspectivas que seriam matriciais para a própria continuidade do mundo moderno. É essa a ponderação que o texto que segue coloca como questão chave: o dilema de uma civilização que busca satisfação ilimitada com base em recursos finitos. O que impõe a revisão urgente dos seus objetivos, prerrogativas e intenções.Downloads
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