As Modalidades da Plenitude do Poder e sua Atribuição pelo Bispo de Roma: O Defensor da Paz (c. 1324) de Marsílio de Pádua (1275-1343)

Authors

  • Luciano José Vianna Universitat Autònoma de Barcelona (UAB)

DOI:

https://doi.org/10.28998/rchvl4n07.2013.0014

Abstract

Nossa intenção neste trabalho é identificar os significados da plenitude do poder que foram apontados por Marsílio de Pádua no capítulo XXIII de sua obra O Defensor da Paz. Além disso, também desejamos compreender, através das palavras de Marsílio, como o bispo de Roma, ou seja, o papa, atribuiu esta prerrogativa para si mesmo. Desse modo, buscamos compreender tanto o significado da plenitudo potestatis, por meio das adjetivações dadas à mesma por Marsílio, quanto como ela foi utilizada pelo bispo de Roma. Primeiramente, contextualizamos a luta entre o poder temporal e o espiritual que ocorreu no medievo, apontando e comentando brevemente alguns acontecimentos. Após isso, comentamos sobre a conjuntura que favoreceu a composição da obra O Defensor da Paz, deixando claro, deste modo, quais foram os acontecimentos que permearam e que influenciaram a sua composição. Portanto, o presente estudo trata-se de reflexões iniciais sobre os significados da plenitude do poder e também como a mesma foi utilizada pelo bispo de Roma a partir da interpretação marsiliana.

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Published

2017-01-27

How to Cite

Vianna, L. J. (2017). As Modalidades da Plenitude do Poder e sua Atribuição pelo Bispo de Roma: O Defensor da Paz (c. 1324) de Marsílio de Pádua (1275-1343). Revista Crítica Histórica, 4(7). https://doi.org/10.28998/rchvl4n07.2013.0014