O Comércio não Escravista na Costa da "Guiné" no Século XIX
DOI:
https://doi.org/10.28998/rchvl4n08.2013.0002Abstract
Na chamada Grande Senegâmbia (litoral atlântico africano ao sul do Saara) analisaremos o emergir do denominado comércio lícito, em oposição ao já ilegal tráfico de escravos. A resposta que os africanos deram às novas demandas comerciais significou o surgir de novas relações da África com o seu exterior, assim como uma redefinição entre as relações de poder no seio mesmo das sociedades africanas. A exploração e o comércio de produtos agrícolas, principalmente, moveram forças políticas, romperam e criaram novas relações de autonomia, fortaleceram indivíduos e grupos até então marginalizados do comércio mundial. Essas novas realidades pós-tráfico vieram a ser definitivamente destruídas com a colonização.Downloads
References
BARRETO, Honório Pereira. Memoria sobre o estado actual de Senegambia portugueza, causas de sua decadência e meios de a fazer prosperar. Lisboa: Typ. da Viúva Coelho & Cia, 1843.
BARRY, Boubacar. Senegâmbia: O desafio da História Regional. Amsterdam/Brasil: SEPHIS, 2000. Disponível em <http://www.miniweb.com.br/literatura/artigos/barryportuguese.pdf?codigo=591>. Acesso em: 10 de julho de 2010.
CHELMICKI, José Conrado Carlos de. Corografia cabo-verdiana ou descripção geographico-historica da província das ilhas de cabo-verde e guiné. Lisboa: Tip. de L. C. da Cunha, 1841.
FARO, Jorge. “Os problemas de Bissau, Cacheu e suas dependências vistos em 1831 por Manuel António Martins”. In: Boletim Cultural da Guiné Portuguesa [separata]. Bissau, v. XIII, n. 50, 1958, p.
-216.
HAVIK, Philip. J. “Comerciantes e concubinas: Sócios estratégicos no comércio Atlântico na costa da Guiné”. In: II Reunião Internacional de História de África: A Dimensão Atlântica da África. São Paulo, CEA/SDG-Marinha, 1996. p. 161-179.
HAVIK, Philip. J. “Ilhas Desertas: impostos, comércio, trabalho forçado e o êxodo das Ilhas Bijagós (1915-35)”. In: Keese, Alexander (Ed.). Trabalho forçado africano - articulações com o poder político. Porto: Campo das Letras, 2007. p. 171-189.
HENRIQUES, Isabel Castro. Os Pilares da Diferença: Relações Portugal-África séculos XV-XX. Lisboa: Caleidoscópio, 2004.
HORTA, José da Silva; Dias, Eduardo Costa. “História da Guiné-Bissau”. In: Cristóvão, Fernando (Ed.). Dicionário temático da lusofonia. 2º ed., Lisboa: ACLUS/Texto Editores, 2007. p. 473-304.
MARQUES, Pedro João. “Manutenção do tráfico de escravos num contexto abolicionista. A diplomacia portuguesa (1807-1819)”. In: Revista Internacional De Estudos Africanos. Lisboa, nº 10-11, 1989. p. 65-89.
MENDY, Peter Karibe. Colonialismo português em África: A tradiçao de resistencia na Guiné-Bissau (1879-1959). Bissau: INEP, 1994.
PÉLISSIER René. História da Guiné: portugueses e africanos na Senegâmbia: 1841-1936. Vol. I. Lisboa: Estampa, 1989.
SANTOS, Maria Emília Madeira; Rodrigues, V. L. G. “O comércio nas colónias portuguesas. A feitoria fortaleza e o comércio transcontinental da coroa portuguesa no século XVI”. In: Luís Albuquerque (Ed.),
Portugal no mundo. Lisboa: Alfa, 1989. p. 237-250.
SILVEIRA, Joel Frederico. “Guiné”. In: Valentim, Alexandre; Dias, Jill (Eds.), O império africano: 1825-1890. Lisboa: Estampa, 1998. p. 212-267.
SOARES, Maria João. “Contradições e debilidades da política colonial guineense: o caso de Bissau”. In: III Reunião Internacional de História de África. A África e a instalação do sistema colonial (c. 1885 -c. 1930). Lisboa: IICT, 2000. p. 123-156.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Este trabalho está licenciado sob uma licença
https://creativecommons.org/licenses/by-nc/2.0/br/
Os autores detém os direitos autorais sem restrições, devendo informar a publicação inicial nesta revista, em caso de nova publicação de algum trabalho.