Reflexões sobre masculinidade e gênero: expressões em grafitos escolares

Autores/as

  • Adriano Rogério Cardoso UEMS- Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul
  • Tânia Regina Zimmermann UEMS- Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul, MS

DOI:

https://doi.org/10.28998/rchv12n24.2021.0014

Resumen

Este artigo objetiva refletir sobre algumas representações de masculinidade e questões de gênero presentes em grafitos escolares produzidos por adolescentes em uma escola Estadual no noroeste paulista, entre os anos de 2018 e 2019.  Buscamos analisar nas imagens elementos de construção da masculinidades, subjetividades, estigmas e preconceitos de gênero. Em relação a metodologia optamos por uma pesquisa descritiva-exploratória, de cunho qualitativo, no qual utilizaremos elementos da Análise Crítica do Discurso, pois permite examinar aspectos imagéticos, socioculturais e linguísticos. Na lida com as imagens se aduz que estas devam ser tratadas pelo que dizem, como dizem e disposições, da linguagem alocadas aos grafitos, a variedade, pelos termos que estes jovens utilizam, pelas zonas de silêncio ali estabelecidas. Os resultados apontam a existência de preconceitos de gênero e de sexualidades, advogamos em favor a discussões reflexivas com o intuito de diluir elementos da masculinidade tóxica machista arraigada.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Tânia Regina Zimmermann, UEMS- Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul, MS

Dra Em História, Profa. Mestrado em Educação na UEMS- Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul, MS, Unidade Paranaíba, MS.

Citas

ALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz de. Nordestino: invenção do “falo” – uma história do gênero masculino (1920-1940). 2 ed.. São Paulo: Intermeios, 2013. (Coleção Entregêneros).

ALVES, Ana Rodrigues Cavalcanti. O conceito de hegemonia: de Gramsci a Laclau e Mouffe. Lua Nova, São Paulo, 80: 71-96, 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ln/n80/04.pdf.

ANTRA, Associação Nacional de Travestis e Transexuais. Dossiê dos assassinatos de pessoas trans nos anos de 2017, 2018 e 2019. 2020. Disponível em: https://antrabrasil.org/assassinatos/ Acesso em: 13 jun. 2020.

AUAD, Daniela. Educar Meninas e Meninos relações de gênero na escola. São Paulo: Editora Contexto, 2012.

BEAUVOIR, Simone de. O Segundo Sexo, v.I, II. Tradução Sérgio Milliet. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980.

BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

CAMPBELL, Joseph. O herói de mil faces. São Paulo: Cultrix/Pensamento, 1989.

CHAUÍ, Marilena. Brasil, Mito Fundador e Sociedade Autoritária. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2001, p. 9-10.

CONNEL, Raewyn; PEARSE, Rebeca. Gênero, uma perspectiva global. Compreendendo o genro – da esfera pessoal à politica –mundo contemporâneo. São Paulo: nVersos, 2015.

CONNEL, Robert W. Políticas da Masculinidade. Educação e Realidade. vol.20, n 2. jul/dez.1995. p.185-206. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/educacaoerealidade/article/view/71725/40671 . Acesso em: 21 mai 2019.

CONNELL, Robert W.; MESSERSCHMIDT, James W.. Masculinidade hegemônica: repensando o conceito. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 21, n. 1, mai. 2013, p. 241-282. ISSN 1806-9584. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/S0104-026X2013000100014/24650>. Acesso em: 20 abr. 2020. doi:https://doi.org/10.1590/S0104-026X2013000100014.

DELPHY, Christine. Patriarcado, (teorias do). In: HIRATA, Helena; LABORIE, Françoise; LE DOARÉ, Hélène; SENOTIER, Danièle (Orgs.). Dicionário Crítico do Feminismo. São Paulo: Editora UNESP, 2009, p.173-178.

FAIRCLOUGH, Norman. Discurso e Mudança Social. 2. ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2016.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 2.ed. Revista e aumentada. 38. impressão. Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1986.

FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979.

GGB (GRUPO GAY DA BAHIA) RELATÓRIO. População LGBT morta no Brasil: mortes violentas de LGBT + no Brasil. 2018. Disponível:

https://grupogaydabahia.files.wordpress.com/2019/01/relat%C3%B3rio-de-crimes-contra-lgbt-brasil-2018-grupo-gay-da-bahia.pdf Acesso em: 18 Jan 2019.

GRAMSCI, Antonio. Cadernos do cárcere. Vol. 5. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2002.

GROSSI, Miriam Pilar. 75 Masculinidades: Uma Revisão Teórica , Antropologia em Primeira Mão, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social/UFSC, n. 1 (1995) Florianópolis, 2004.

JUNQUEIRA, Rogério. Currículo heteronormativo e cotidiano escolar homofóbico. Espaço do Currículo, v.2, n.2, p. 208-230. Setembro de 2009 a Março de 2010.

LANZ, Letícia. Por que tenho medo de lhe dizer quem sou. In: In.: Corpo, gênero e sexualidade: resistência e ocupa(ações) nos espaços de educação. RIBEIRO, Paula Regina Costa; MAGALHÃES, Joanalira Corpes; SEFFNER, Fernando; VILAÇA, Teresa.(Organização). - Rio Grande: Ed. da FURG, 2018.p.49-67.

MBEMBE, Archille. Necropolítica. São Paulo: N-1 edições, 2018.

MINAYO, Maria Cecilia de Souza (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 29 ed. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2010.

PRECIADO, Paul Beatriz. Texto Junkie, sexo, drogas e biopolíticas na era farmacopornografica. São Paulo: n-1 edições, 2018.

SANTAELLA, Lúcia. Leitura de imagens. (Como eu ensino). São Paulo: Editora Melhoramentos, 2012.

SANTAELLA, Lúcia. Semiótica aplicada. 2.ed. São Paulo: Cenage Learning, 2018.

SEGATO, Rita Laura. Gênero e colonialidade: em busca de chaves de leitura e de um vocabulário estratégico descolonial , e-cadernos CES [Online], n.18, 2012, p. 105-131.Disponível em: http://journals.openedition.org/eces/1533; acesso em 21 abr 2020.DOI: https://doi.org/10.4000/eces.1533

VAN DIJK, Teun Adrianus. Discurso e Poder; Judith Hoffnagel, Karina Falcone, organização. – 2. ed., 3ª reimpressão. – São Paulo: Contexto, 2017.

WELZER-LANG, Daniel. A construção do masculino: dominação das mulheres e homofobia. Revista Estudos Feministas, vol. 9, núm. 2, segundo semestre, 2001, pp. 460-482 Universidade Federal de Santa Catarina Santa Catarina, Brasil. Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=38109208. Acesso em: 15 fev. 2019.

Publicado

2021-12-01

Cómo citar

Cardoso, A. R., & Zimmermann, T. R. (2021). Reflexões sobre masculinidade e gênero: expressões em grafitos escolares. Revista Crítica Histórica, 12(24), 328–348. https://doi.org/10.28998/rchv12n24.2021.0014