Favela representada: disputas em torno de nomeações e significações nas páginas de jornais cariocas (1951-1954)
DOI:
https://doi.org/10.28998/rchvl10n20.2019.0006Resumen
O presente artigo objetiva analisar a forma como parte da “grande imprensa carioca” - Correio da Manhã, Jornal do Brasil e Última Hora - representou as áreas habitacionais chamadas favelas durante o Segundo Governo Vargas (1951-1954). A relevância do trabalho se encontra ao considerarmos que, no pós 1945, o Brasil passou por um acelerado processo de industrialização e urbanização, entretanto, tais processos não ocorreram espontaneamente, bem como geraram diversas consequências, nem todas positivas, o que causou sérios questionamentos. Assim, quando consideramos que um dos fenômenos mais impactantes desse período foi o grande aumento das áreas habitacionais chamadas de favelas, se torna relevante analisar a forma como este espaço urbano foi representado nos jornais. Dessa formal, levando-se em consideração o grande poder de legitimação/deslegitimação de ideias que os meios de comunicação possuem, notamos que a forma pela qual a favela é representada pode interferir ou legitimar tomadas de decisões políticas – políticas públicas -, o que possibilita vislumbrar que projetos de sociedade estão sendo difundidas, estando tais representações inscritas no que Bourdieu chama de luta simbólica, evidenciando também disputas entre os referidos jornais. Por fim, para tal proposta, a metodologia utilizada é a Analise de ConteúdoDescargas
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