Representação e ação no pensamento de Hannah Arendt

Autores/as

  • Mariana de Mattos Rubiano Pós-doutoranda UNIFESP

Resumen

O objetivo deste artigo consiste em discutir a concepção de representação no pensamento de Hannah Arendt. Em uma primeira leitura de Sobre a Revolução, a autora parece rejeitar qualquer concepção de representação. Sua definição de liberdade como ser participante do governo dificilmente pode ser conciliada com a divisão funcional entre representantes e representados. Além disso, Arendt critica duas concepções de representação: a noção de que os representantes devem agir de acordo com seu juízo e não devem ser dependentes de seus eleitores; e a noção de que os representantes devem seguir as instruções do povo, isto é, devem atuar como meninos de recado ou advogados que representam os interesses dos eleitores. Levando isso em consideração, Arendt
parece ser crítica do princípio representativo. Contudo, encontramos em Sobre a Revolução dois momentos em que ela elogia instâncias representativas. A partir dessas experiências revolucionárias a autora formula uma outra concepção de representação que associa o debate e a ação em órgãos populares locais com o debate em instâncias representativas.

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Biografía del autor/a

Mariana de Mattos Rubiano, Pós-doutoranda UNIFESP

Pós-doutoranda em filosofia na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), com bolsa Fapesp, nº do processo 2017/23401-1.

Publicado

2020-12-17