Representação e ação no pensamento de Hannah Arendt
Resumo
O objetivo deste artigo consiste em discutir a concepção de representação no pensamento de Hannah Arendt. Em uma primeira leitura de Sobre a Revolução, a autora parece rejeitar qualquer concepção de representação. Sua definição de liberdade como ser participante do governo dificilmente pode ser conciliada com a divisão funcional entre representantes e representados. Além disso, Arendt critica duas concepções de representação: a noção de que os representantes devem agir de acordo com seu juízo e não devem ser dependentes de seus eleitores; e a noção de que os representantes devem seguir as instruções do povo, isto é, devem atuar como meninos de recado ou advogados que representam os interesses dos eleitores. Levando isso em consideração, Arendtparece ser crítica do princípio representativo. Contudo, encontramos em Sobre a Revolução dois momentos em que ela elogia instâncias representativas. A partir dessas experiências revolucionárias a autora formula uma outra concepção de representação que associa o debate e a ação em órgãos populares locais com o debate em instâncias representativas.
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2020-12-17
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Artigos
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