O oximoro da diversidade como emblema da contemporaneidade
DOI:
https://doi.org/10.28998/lte.2015.n.2.2118Palavras-chave:
Diversidade, Universal, Particular, Emblema, OximoroResumo
Depois de um período universal ocupado das ideias de unidade, homogeneidade, pureza e absolutismo e de um período particular enredado nas noções de multiplicidade, heterogeneidade, hibridismo e relativismo, o mundo vê surgir um terceiro regime cultural: o período da diversidade, emblema do atual estágio da modernidade-mundo. Em seu novo livro, Renato Ortiz se debruça sobre esse debate buscando entender que posição a diversidade ocupa em relação às duas agendas que a antecederam, ou seja: estaria a diversidade mais próxima dos valores universais de unidade, homogeneidade, pureza e absolutismo ou dos conceitos particulares de multiplicidade, heterogeneidade, hibridismo e relativismo? Depois de atravessar um instigante percurso analítico, o autor chega à conclusão de que a diversidade é um oximoro, ou seja, um termo capaz de conciliar vetores opostos. Nesse sentido, o oximoro da diversidade enlaçaria as duas tendências precedentes, ainda que elas sejam antípodas, ensejando no presente uma espécie de universalidade particular capaz de criar uma multiplicidade única, uma heterogeneidade homogênea, um hibridismo puro e um relativismo absoluto. O objetivo dessa resenha é recuperar o argumento de Renato Ortiz para entender de que maneira o oximoro da diversidade funciona como um emblema da contemporaneidade.Downloads
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