MORTALIDADE MATERNA DE MULHERES NEGRAS: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO EM ALAGOAS
Resumo
A morte de uma mulher na gestação é um importante indicador de saúde da população feminina. Dessa forma, objetivou-se realizar pesquisa quantitativa, com a análise da mortalidade materna dos anos 2006 a 2015. Para cálculo da taxa de mortalidade materna utilizou-se os bancos de dados: SIM e SINASC, selecionando as cores/raças e gravidez, parto e puerpério. Foram confeccionados gráficos através do programa EXCEL e mapas de Alagoas ilustrando os resultados, com o programa TABWIN. Também foi realizada análise de razão de chances através de cálculo Odds Ratio. Em 2010 Alagoas apresentou população composta por 31% brancas, 8% pretas, 61% pardas (população negra 69%). Em comparação a essas porcentagens, as mortes maternas por raça/cor no ano de 2010 foram de 17% nas brancas, 9% nas pretas e 74% nas pardas (83% negras). Apesar disso, quando estimada a constituição racial do estado nos 10 anos a partir dos nascidos vivos, conclui-se população de 12% brancas e as negras 88% sendo 1% pretas e 87% pardas, enquanto a porcentagem de mortes para o mesmo período foi de 15% brancas, 80% pardas e 5% pretas (85% negras). No cálculo do risco de morte pelo O.R. no segmento de cada raça cor as brancas obtiveram 0,359, pardas 1,591 e negras 1,561. A cor preta, neste estudo, teve associação não significativa. Em relação à escolaridade, a morte das negras sempre tem elevados patamares, principalmente quando analisados os menores índices de escolaridade. Quanto maior a escolaridade, menores os índices de mortalidade. A 2ª região de Saúde de Alagoas apresentou as maiores taxas de mortalidade em 4 anos: 2007, 2011, 2012 e 2014. Os números no estado de Alagoas são bastante alarmantes em um pacto que reverbera em situação de saúde pública.
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