HERBICIDAS E ÉPOCAS DE DESSECAÇÃO NA PRODUTIVIDADE E GERMINAÇÃO DE TRIGO MOURISCO
DOI:
https://doi.org/10.28998/rca.v19i3.11610Palavras-chave:
Deiscência, glufosinato de amônio, Paraquat, Período de dessecaçãoResumo
O trigo mourisco, Fagopyrum esculentum, se ajusta muito bem na entressafra soja (colhida em 2ª quinzena de fevereiro) - trigo (semeadura na 2ª quinzena de maio), destacando-se por ser uma planta rústica, de ciclo curto e produzir uma farinha sem glúten. No entanto, a cultura apresenta maturação desuniforme e hábito de deiscência natural, fato que pode resultar em perdas na colheita. Nesse contexto, o trabalho teve como objetivo avaliar herbicidas e períodos de dessecação sobre os componentes de rendimento, produtividade e germinação do trigo mourisco. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso, com três repetições, em esquema fatorial com parcelas subdivididas. O fator A foi composto por 4 épocas de dessecação (1ª aplicação com 70% dos grãos maduros na haste principal e as demais sucessivamente a cada três dias de intervalo) e, o fator B, por dois herbicidas (glufosinato de amônio e paraquat). Os componentes de rendimento, massa de mil grãos e número de grãos por planta não diferiram entre os herbicidas ou épocas de dessecação. A dessecação aos 69 dias após emergência, com glufosinato de amônio, apresentou a maior produtividade e a maior taxa de germinação do trigo mourisco. Para o herbicida paraquat, não houve diferença para produtividade entre a aplicação aos 66 e 69 dias após emergência, no entanto, aos 69 DAE a taxa de germinação foi inferior (80%).
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