FUNGITOXIDADE DO ÓLEO ESSENCIAL DE GUAÇATONGA, Casearia sylvestris, NO DESENVOLVIMENTO IN VITRO DE FUNGOS FITOPATOGÊNICOS E AVALIAÇÃO IN VIVO EM PLANTAS DE BETERRABA PARA O CONTROLE DE CERCOSPORIOSE
DOI:
https://doi.org/10.28998/rca.v20i3.12971Palavras-chave:
Cercospora beticola sacc, peroxidase, controle-alternativoResumo
Fitopatógenos interferem de forma negativa na produção e na qualidade final dos produtos agrícolas comercializados. O trabalho tem como objetivo verificar o controle alternativo dos fungos Cercospora beticola sacc, Phytophthora infestans e Colletotrichum lindemuthianum, utilizando as doses 0,2; 0,4; 0,6; 0,8 µL mL-1 do óleo essencial de guaçatonga, em comparação a testemunha com somente água. Avaliou- se in vitro o potencial do óleo essencial de guaçatonga OEG (Casearia sylvestris) em comparação ao índice do crescimento micelial (IVCM), e in vivo a severidade da cercospora em plantas de beterraba, também se determinou o potencial do OEG em induzir mecanismo de resistência. Examinou-se a atividade da enzima peroxidase. Dessa forma, adicionou-se o óleo em placas de Petri para experimento in vitro e para in vivo pulverizou-se semanalmente o óleo sobre as plantas acondicionadas em casa de vegetação. Determinou-se o efeito direto do óleo sobre os fungos e o controle de cercospora nas folhas de beterraba, e a atividade da enzima peroxidase. Verificou-se que o óleo não apresentou efeito direto sobre a C. beticola in vitro, mas sim sobre os outros dois fungos obteve redução sobre o IVCM, e ativou simultaneamente mecanismos de defesa sobre as plantas de beterraba. Assim, pode se dizer que o, OEG apresenta a capacidade de agir diretamente sobre os patógenos Phytophthora infestans, Colletotrichum lindemuthianum e induzir a resistência de plantas beterraba contra Cercospora beticola.
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