COINOCULAÇÃO DE ALHO COM Azospirillum brasilense E Pseudomonas fluorescens EM CONDIÇÕES DE ADUBAÇÃO REDUZIDA
DOI:
https://doi.org/10.28998/rca.22.13573Resumo
A cultura do alho é altamente exigente em adubação, o que encarece o seu custo de produção, e a busca por alternativas que possibilitem manter índices produtivos a um menor custo e de maneira sustentável devem ser incentivadas. Dessa maneira, o objetivo deste trabalho foi avaliar a resposta da cultura do alho à coinoculação com Azospirillum brasilense e Pseudomonas fluorescens associada à redução da adubação com NPK. O experimento foi conduzido no munícipio de Brunópolis – SC em um delineamento em blocos casualizados com cinco tratamentos, sendo T1: 100% NPK; T2: 75% NPK; T3: 75% NPK + 0,5 L ha-1 de inoculante; T4: 75% NPK + 1,0 L ha-1 de inoculante; T5: 75% NPK + 1,5 L ha-1 de inoculante. Foi avaliada a altura de plantas aos 20, 60 e 110 dias após o plantio, além da coleta de dados no período pré-cura para determinar diâmetro de bulbo, massa de plantas frescas, estatura, diâmetro de pseudocaule e número de folhas. No período pós-cura foram avaliados diâmetro de bulbo, número de bulbilhos, massa de bulbos, massa da parte aérea pós-cura e produtividade. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias foram separadas pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade de erro. A variável número de bulbilhos foi a que apresentou melhor resposta à coinoculação, com média de 6,5 bulbilho por bulbo ao utilizar-se 1,5L ha-1 de inoculante e 75% NPK. As demais variáveis tiveram efeito da coinoculação. A inoculação apresenta potencial de melhorar características produtivas do alho e reduzir a adubação, mostrando-se uma metodologia importante para a agricultura sustentável.
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