QUANTIFICAÇÃO DE COMPOSTOS BIOATIVOS EM FRUTOS DE UMBU (Spondias tuberosa Arr. Câm.) e CAJÁ (Spondias mombin L.) NATIVOS DE ALAGOAS.
DOI:
https://doi.org/10.28998/rca.v16i1.3484Resumo
O umbuzeiro e a cajazeira são espécies frutíferas nativas de caráter extrativista de ocorrência no Nordeste brasileiro, que desempenham importante fonte de renda para as populações nos locais onde ocorrem. Seus frutos apresentam características de qualidade que os fazem ser muito apreciados tanto para o consumo in natura como para a fabricação de sucos, doces, geleias e sorvetes. No entanto, são espécies frutíferas ameaçadas de extinção devido à exploração irracional nos locais onde ocorrem, carecendo de estudos que tenham por objetivo sua domesticação e desenvolvimento de tecnologias que viabilizem a instalação de pomares comerciais. Verifica-se que praticamente inexistem informações na literatura sobre os constituintes bioativos destas espécies, sendo parâmetros importantes de qualidade, pois contribuem para inserção destes no mercado frutícola como produto diferenciado. Desta forma, o trabalho teve como objetivo quantificar os teores de antocianinas, flavonoides, pectina total e pectina solúvel em frutos de S. tuberosa Arr. Câm. e S. mombin L. procedentes da vegetação nativa do Estado de Alagoas. Foram quantificados os teores de antocianinas, flavonoides, pectina solúvel e pectina total. O fruto de umbu apresentou maior teor de antocianinas totais com valor médio de 1,65 ± 0,47 mg.100g-1, sendo que o fruto de cajá apresentou maior conteúdo de flavonoide totais com teor médio de 9,50 ± 0,71 mg.100g-1. Com relação aos teores de substâncias pécticas o fruto de umbu apresentou maior rendimento médio de pectina solúvel e pectina total, com valores de 28,64 ± 2,47% e 26,26 ± 4,35%. Os frutos das duas espécies de fruteiras nativas de Alagoas analisados apresentam em sua composição substancial conteúdo de substâncias com propriedades funcionais, constituindo-se em uma fonte potencial de antioxidantes naturais para a dieta humana. Eles também apresentaram bons teores de pectina total e solúvel, indicando seu potencial tanto para o consumo in natura quanto para o processamento agroindustrial.
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