ESCRITORAS NEGRAS DIASPÓRICAS: SABERES ANCESTRAIS FEMININOS EM POÉTICA DAS ÁGUAS.
Abstract
O artigo investe numa discussão acerca dos saberes ancestrais femininos assentados por vozes de escritoras negras diaspóricas. A partir de aspectos da produção poética de Lívia Natália e Paula Melissa (Mel Adún), evidenciamos que os versos assentados na ancestralidade negro-africana in(corpo)ram elementos simbólicos, os quais reverenciam a deusa das águas doces, a orixá feminina Osun. Osun é uma divindade iorubana que representa a beleza, a feminilidade, a fertilidade, o amor, a maternidade, o poder feminino, a insubmissão feminina. Dessa maneira, fundamentado por contribuições epistêmicas da filosofia africana, o texto explora como esses saberes ganham potência na poesia negra feminina contemporânea. Para tal, a fim de buscar referenciais teóricos pertinentes à compreensão do corpus, dialogaremos Eduardo Oliveira (2007) e Adilbênia Freire Machado (2020).
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