Um jeito de Corpo: por uma antropologia sem calça jeans

Authors

  • Renato Müller Pinto Universidade Federal de São Paulo- UNIFESP

DOI:

https://doi.org/10.28998/rm.2022.n.11.12573

Keywords:

Field research, Ethnography, Corporeality, Tim Ingold

Abstract

In this article, I propose a reflection on the centrality and production of the anthropologist's body in field research, based on two movements: my learning experience in dance learning activities and an approximation with the debate promoted by Tim Ingold about the relationship between Anthropology and Education. The purpose is to discuss how these experiences in dance learning allow me to refine an education of attention, based on a process of production of my body. It is also a question of questioning the idea that if the objective of anthropology is not limited to ethnography and detailed description, but rather to the potential of life, we should not be constrained by a certain vision of method that neutralizes the analysis of life flows and learning from other people or things.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Renato Müller Pinto, Universidade Federal de São Paulo- UNIFESP

Doutorando em Ciências Sociais na UNIFESP. Pesquisador do PISADA - Pesquisas em dança e antropologia (UFPE) e CIDEJU -Grupo de estudos sobre Cidade, Educação e Juventude (UNIFESP).

References

ACSELRAD, Maria. É preciso dançar para pensar a dança. In: GARRABÉ, L.; ACSELRAD, M. (Org.). Campo de Forças: olhares antropológicos em dança e performance. 1. ed. Belém: PPGArtes/UFPA, 2020. p. 10-39.

BUCKLAND, Theresa. Mudança de perspectiva na etnografia da Dança. In: GUILHON, Giselle (Org.). Antropologia da Dança 1. Florianópolis: Insular, 2013. p. 143-154.

CARVALHO, Joanna Mendonça. Corpos em risco: Etnografando bailarinos de Dança contemporânea em Florianópolis com ênfase em suas trajetórias na Dança, concepções de corpo e corporalidade. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) – Universidade Federal de Santa Catarina, 2007.

DaMATTA, Roberto. O oficio de etnólogo, ou como ter anthropological blues. Boletim do Museu Nacional: Antropologia, n. 27, p. 01-12, 1978.

FORTIN, Sylvie. Contribuições possíveis da etnografia e da auto-etnografia para a pesquisa na prática artística. Revista Cena, n. 7, p. 77-88, 2009.

FOSTER, Hal. O artista como etnografo. In: FOSTER, HAL. O retorno do real: a vanguarda no final do século XX. Sao Paulo: Cosac Naify, 2014.

GALINDO, Dolores; MILIOLI, Danielle. Dançando com a pesquisa: invenção, ciência e cotidiano. II ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISADORES EM DANÇA, 2011, Porto Alegre, RS. Anais do II Encontro Nacional de Pesquisadores em Dança, Porto Alegre RS: UFRGS, p. 1-15, 2011.

INGOLD, Tim. Da transmissão de representações à educação da atenção. Educação, v. 33, n. 1, p. 6-25, 2010.

INGOLD, Tim. O dédalo e o labirinto: caminhar, imaginar e educar a atenção. Horizontes Antropológicos, v. 21, n. 44, p. 21–36, 2015a.

INGOLD, Tim. Quando a formiga se encontra com a aranha: teoria social para artrópodes. In: INGOLD, Tim. Estar Vivo: Ensaios sobre movimento, conhecimento e descrição. Petrópolis: Editora Vozes, 2015b. p. 144-152.

INGOLD, Tim. Chega de etnografia! A educação da atenção como propósito da antropologia. Educação, v. 39, n. 3, p. 404, 2016.

INGOLD, Tim. Antropologia e/como educação. 1ed. Petrópolis: Vozes, 2020.

LASSIBILLE, Mahalia. Escrever “a dança” em antropologia: a violência da pesquisa na ponta da caneta. ARJ – Art Research Journal / Revista de Pesquisa em Artes, v. 3, n. 2, p. 27–43, 2016.

LATOUR, Bruno. Como falar do corpo? A dimensão normativa dos estudos sobre a ciência. In: NUNES, J. A.; ROQUE, R. (org). Objetos impuros: experiências em estudos sociais da ciência. Porto: Afrontamento, 2007. p. 40-61.

MATSUE, Regina Yoshie Y.; PEREIRA, Pedro Paulo Gomes. Quem se diferencia apanha (deru kui há watareru): experiência etnográfica, afeto e antropologia no Japão. Mana, v. 23, n.2, p. 427-454, 2017.

MAUSS, Marcel. As técnicas do corpo. In: MAUSS, Marcel. Sociologia e antropologia. São Paulo: Cosac & Naify, 2003. p. 399-424.

NASCIMENTO, Silvana S. O corpo da antropóloga e os desafios da experiencia próxima. REVISTA DE ANTROPOLOGIA, v. 62, p. 459-484, 2019.

PEIRANO, MARIZA. Etnografia não é método. Horizontes Antropológicos, v. 20, p. 377-391, 2014.

PEREIRA, Pedro Paulo Gomes. As incorporações e suas poéticas. DEBATES DO NER, v. 1, p. 137-171, 2017.

PUSSETTI, Chiara. Os frutos puros enlouquecem. Percursos de arte e antropologia. Antropolítica: Revista Contemporânea de Antropologia, n. 38, p. 221-243, 2015.

PUSSETTI, Chiara. Quando o campo são emoções e sentidos. Apontamentos de etnografia sensorial. In: Humberto Martins, Paulo Mendes (org.) Trabalho de Campo: Envolvimento e Experiências em Antropologia. Lisboa: ICS. Imprensa de Ciências Sociais, 2016. p. 39-56.

SAUTCHUK, Carlos Emanuel; SAUTCHUK, João Miguel. Enfrentando poetas, perseguindo peixes: sobre etnografias e engajamentos. Mana, v. 20, n. 3, p. 575- 602, 2014.

STRAZZACAPPA, Márcia; MORANDI, Carla. Entre a arte e a docência: formação do artista da Dança. 4. ed. Campinas: Papirus, 2012.

STRAZZACAPPA, Márcia. Educação somática e artes cênicas: princípios e aplicações. 1. Ed. Campinas: Papirus, 2017.

WACQUANT, Loïc. Corpo e Alma: notas etnográficas de um aprendiz de boxe. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2002

WAGNER, Roy. A invenção da cultura. São Paulo: Cosac Naify, 2010.

Published

2022-05-18

Issue

Section

Antropologia do Gesto