Sapukai - o nhandereko mbya se transforma em turismo de resistência indígena no estado do Rio de Janeiro, Brasil

Autores

  • Teresa Cristina de Miranda Mendonça Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
  • Renato de Oliveira dos Santos Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
  • Nadson Nei da Silva de Souza Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca
  • Sandro dos Reis Andrade Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Palavras-chave:

Aldeia Sapukai, Guarani Mbya, Turismo em terras e comunidades indígenas, Turismo de base comunitária

Resumo

O tema turismo em terras e comunidades indígenas no estado do Rio de Janeiro é apresentado, neste trabalho, a partir de uma contextualização classificatória sobre as diversas propostas de turismo indígena na América Latina até chegar ao caso específico investigado, a Aldeia Sapukai, localizada em Angra dos Reis, na Costa Verde, litoral sul do estado do Rio de Janeiro. Esta pesquisa, iniciada em 2015, tem como orientação de área para pesquisa, o mapa de turismo de base comunitária lançado pelo núcleo de turismo do Fórum de Comunidades Tradicionais - Angra – Paraty - Ubatuba, que deu origem à Rede Nhandereko de Turismo de Base Comunitária. Neste mapa, onde estão indicadas experiências caiçaras, quilombolas e indígenas do litoral sul do estado do Rio e do litoral norte de São Paulo, as aldeias guarani mbya Araponga, Itaxim de Paraty Mirim e Sapukai, esta última foco de reflexões para este trabalho, são as localizadas no Rio de Janeiro. Desse modo, buscamos pelos significados do turismo, localmente denominado de base comunitária, tanto no campo das representações e dos discursos, quanto das práticas locais. Assim, ao descobrir caminhos e caminhar por este mapa, a partir da perspectiva metodológica de Tim Ingold, o que se tem colocado em relevo é que, para além do objetivo econômico, o ganho do pira pire, entre a prática do turismo indireto ou direto, o turismo na tekoa Sapukai, localmente denominado de base comunitária, se revela como um interlocutor de histórias, que manifesta nhandereko. O nhandereko que se expressa em uma experiência que possibilita, não apenas à visibilidade do turismo indígena, mas também a visibilidade político-territorial dos territórios indígenas, um turismo de resistência no estado do Rio de Janeiro.

Biografia do Autor

Renato de Oliveira dos Santos, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Doutorando em Mudança Social e Participação Política pela

Universidade de São Paulo, Brasil.

Professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Brasil.

Nadson Nei da Silva de Souza, Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca

Doutor em Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social pela

Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil.

Professor do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca, Brasil.

Sandro dos Reis Andrade, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Bacharel em Turismo pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Brasil.

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Publicado

2021-10-16

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