Edições anteriores
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Volume 13, Número 2, Ano 2023
v. 13 n. 2 (2023)Foto: Mangue solitário. Morro de S. Paulo, Bahia, de Alexandre Mansão dos Santos
Eu estou só. O gato está só. As árvores estão sós. Mas não o só da solidão: o só da solistência.
João Guimarães Rosa, em "Ave, palavra" (1970, livro póstumo) -
Revista Iberoamericana de Turismo-RITUR
v. 13 n. 1 (2023)Imagem da Capa: “Águas e mágoas do Rio São Francisco”, por Alexandre Mansão dos Santos.
“Águas e mágoas do Rio São Francisco”
(...)Ei, velho Chico, deixas teus barqueiros e barranqueiros na pior?
Recusas frete em Pirapora e ir levando pro Norte as alegrias?
Negas teus surubins, teus mitos e dourados,
teus postais alucinantes de crepúsculo à gula dos turistas?
Ou é apenas seca de junho-julho para descanso
e volta mais barrenta na explosão da chuva gorda?Já te estranham, meu Chico. Desta vez, encolheste demais. O cemitério
de barcos encalhados se desdobra na lama que deixaste. O fio d’água
(ou lágrimas?) escorre entre carcaças novas: é brinquedo
de curumins, os únicos navios que aceitas transportar com desenfado. (...)Carlos Drummond de Andrade, in Discurso de primavera e algumas sombras - 1977
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v. 12 n. 02 (2022)
Imagem da Capa: "Não te rendas" por Renan Florindo "Não te rendas, ainda estás a tempo De alcançar e começar de novo, Aceitar as tuas sombras, Enterrar os teus medos, Libertar o lastro, Retomar o voo. Não te rendas que a vida é isso, Continuar a viagem Perseguir os teus sonhos, Destravar o tempo, Remover os escombros, e destapar o céu. Não te rendas, por favor não cedas, Mesmo que o frio queime, Mesmo que o medo morda, Mesmo que o sol se esconda, E se cale o vento, Ainda há fogo na tua alma Ainda há vida nos teus sonhos. Porque a vida é tua e teu também o desejo Porque o quiseste e porque eu te quero Porque existe o vinho e o amor, é certo. Porque não há feridas que não cure o tempo. Abrir as portas, Tirar os ferrolhos, Abandonar as muralhas que te protegeram, Viver a vida e aceitar o repto, Recuperar o riso, Ensaiar um canto, Baixar a guarda e estender as mãos Abrir as asas E tentar de novo, Celebrar a vida e retomar os céus. Não te rendas, por favor não cedas, Mesmo que o frio queime, Mesmo que o medo morda, Mesmo que o sol se ponha e se cale o vento, Ainda há fogo na tua alma, Ainda há vida nos teus sonhos Porque cada dia é um começo novo, Porque esta é a hora e o melhor momento. Porque não estás só, porque eu te amo." [Não Te Rendas - MARIO BENEDETTI] . "TEMET NOSCE" . "Conhece-te a ti mesmo” . CORAÇÕES DE FLORIM @RenanFlorindo -
v. 12 n. 1 (2022)
Imagem da Capa: "(R) existir" por Renan Florindo. "Existir para sentir! Dos sentidos, nenhum foi poupado As notícias nos chegam como arames farpados! Nossa visão ficou turva, nesse contexto plástico, nessa sociedade artificial. O tato, que aos poucos já estávamos perdendo, foi duramente reprimido, recriminado e higienizado ao máximo, perdendo toda sua essência! Ah! Mas o olfato e o paladar, paradoxalmente, foram potencializados pelo vírus! Ou você não conseguiu sentir o cheiro do lucro e o sabor amargo do egoísmo humano escancarado no cotidiano? É tempo de se recolher e refletir... Momento de crescimento interno, de desconstrução e reconstrução. É dolorido, arde, mas é extremamente importante se ainda quisermos prosperar, como seres humanos e como sociedade. (R)EXISTIR para SER!" @renanflorindo -
Dossiê "Turismo em Perspectivas Antropológicas"
v. 11 (2021) -
10 anos da Revista Iberoamericana de Turismo
v. 11 n. 1 (2021) -
Dossiê Número 4 "Museus, Turismo e Sociedade"
v. 8 (2018) -
Dossiê Número 3 "Museus, Turismo e Sociedade"
v. 7 (2017) -
Dossiê Número 2 "Museus, Turismo e Sociedade"
v. 5 (2015) -
Número Especial "Turismo e Políticas Urbanas"
v. 5 (2015) -
Dossiê Número 1 "Museus, Turismo e Sociedade"
v. 4 (2014)